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Portagens: Redução "pífia e um passito de bebé"  

Lídia Barata - 22/07/2016 - 16:06

O presidente da União de Sindicatos não se considera "hipócrita" para afirmar que 15 por cento são melhor que nada e defende a abolição. 

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Luís Garra espera que a luta conduza à abolição total das portagens

"Não vou cair no ridículo de dizer que o desconto de 15 por cento é pior que nada, mas também não me peçam para ser hipócrita e dizer que estamos perante uma grande vitória", afirma Luís Garra, presidente da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB) a propósito do anuncio sobre a redução do valor das portagens a partir de 1 de agosto, incluindo na A23.

Num artigo enviado às redação, Luís Garra afirma não se resignar, elencando as conclusões que retira deste processo. Por um lado, "o governo não teve coragem para enfrentar os interesses instalados e acabar com um contrato feito pelo defunto governo do PSD/CDS-PP com as PPP (Scutvias) que é ruinoso para o país, para a região, para as empresas, para o turismo e para as populações e optou por uma redução pífia, um passito de bebé". Por outro, "os deputados do PS, PCP, BE, PEV e PAN, que aprovaram uma resolução para a redução dos valores praticados, devem penitenciara-se por terem aprovado uma resolução genérica sem uma calendarização e uma quantificação da redução e sem um compromisso sério de abolição das portagens". E reitera que "uma redução de 15 por cento não vai dinamizar a economia, não vai tirar o interior do atraso e não vai melhorar o poder de compra dos que cá vivem e resistem. Infelizmente esta redução vem confirmar a distância que vai entre as promessas eleitorais e a prática politica e mostra que o chamado 'amor ao interior é fogo que arde sem se verem resultados'. É claro que conseguirmos o princípio da redução já foi um ganho e ele tem que ser entendido como o início de um processo que tem que ser imparável até à abolição definitiva das portagens e que se inicia com o próximo Orçamento de Estado".

E defende que "os partidos que suportam o governo do PS na Assembleia da República queiram de forma verdadeira o fim das portagens e não vejam nelas um alimento para a luta". 

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