A competitividade é hoje uma realidade incontornável nos nossos dias que nos permite melhorar constantemente o nosso desempenho, quer seja do ponto vista pessoal, profissional, empresarial e institucional. Neste aspeto, também os Municípios competem entre si, definindo as melhores estratégias de desenvolvimento, de forma a obterem ganhos para os seus territórios e populações, tendo em conta os objetivos definidos, nomeadamente nas áreas do emprego, investimento, qualidade de vida, turismo, etc.
Paralelamente a estas dinâmicas e no que diz respeito aos Municípios, diferentes Instituições e Empresas criam rankings baseados em indicadores de diferentes áreas de intervenção, compostos por um conjunto de itens mensuráveis e avaliados, que permitem retirar informações sobre o desempenho dos mesmos.
Um exemplo destes rankings é o Portugal City Brand Ranking, sob responsabilidade da empresa Bloom Consulting que, no início deste mês de Abril, publicou o ranking de 2017, com base nos dados de 2016.
Este modelo associa 3 variáveis - o desempenho sócio-económico, as pesquisas online e o desempenho da comunicação online (website e redes sociais) – resultando em 3 dimensões mensuráveis : Negócios (Investimento), Visitar (Turismo) e Viver (Talento).
No ano 2016, Castelo Branco assume, a nível nacional, o 36º lugar, num total de 308 municípios, sendo que na Região Centro ocupa a 7ª posição, com uma classificação de 4,47, numa escala de 0 a 7 pontos.
Ao depararmo-nos com estes números, sabemos que uns fazem sempre uma análise pessimista, derrotista, anunciando a desgraça, elevando a preocupação e dando como adquiridas algumas conclusões que podem não corresponder à verdade.
Mas independentemente das abordagens, permitam-me evidenciar algumas conclusões inegáveis deste ranking: • Castelo Branco mantém-se como a 7ª força da Região Centro, em comparação com o ano de 2015;
• O lugar ocupado, coloca Castelo Branco como o Concelho melhor classificado do Distrito;
• Negócios e Viver foram as dimensões em que Castelo Branco melhor se classificou na Região Centro (7º lugar);
• Castelo Branco teve, nas últimas 3 avaliações, um crescimento superior ao da Região relativamente à variável de pesquisas online:
Mas mais importante que as classificações que são geradas na elaboração dos diversos rankings, são as diferentes informações que podem ser retiradas dos diferentes itens que os constituem e que permitem compreender outros dados estatísticos.
Sabe-se, de acordo com o Portugal City Brand Ranking, que o tema mais procurado em Castelo Branco é “Emprego” evidenciando a atratividade que atualmente assume, catalisador de novos negócios e mais investimento, refletindo-se na criação de mais ofertas de trabalho e consequente redução da taxa de desemprego (8,11% com base nos dados de Fevereiro, disponibilizados pelo IEFP).
Sabe-se, de acordo com o mesmo ranking, que “Atividade de Lazer” foi o 2º tema mais procurado, associado ao enorme crescimento de brandstag’s (palavras pesquisadas) como “O que visitar” e “Natureza”, justificando deste modo os dados do INE – Retorno de Informação Personalizada dos Municípios – Dezembro de 2016, que face a 2015, evidencia um aumento do número de Hóspedes e de Dormidas na ordem dos 19% e 29%, respetivamente.
Estes são exemplos que permitem olhar para Castelo Branco como um Concelho que, a devido tempo, delineou uma estratégia de desenvolvimento integrado assente em incrementos nos níveis de qualidade de vida, com uma atratividade integrada – tornando-se um território apetecível para estudar, trabalhar, investir e visitar – e com uma aposta forte no desenvolvimento económico, nomeadamente aos níveis do desenvolvimento industrial, do empreendedorismo, da criatividade, da inovação e da investigação.
Os resultados evidenciam-no.
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