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Produtos da beira adoçam a boca aos alemães

- 01/02/2018 - 9:00

Os consumidores alemães estão cada vez mais rendidos aos produtos da beira. Na última edição da Green Week, em Berlim, os pasteis de bacalhau e de nata, os queijos, o vinho e o azeite foram reis.

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A última edição da Green Week de Berlim, que se realizou de 19 a 28 de janeiro, na capital alemã, voltou a juntar várias empresas da região. Nesta que foi a quinta participação lusitana naquela que é uma das maiores feiras da europa do setor agroalimentar, com venda direta ao público, verificou-se que muitos dos visitantes já procuravam pelos produtos portugueses, em particular pelos da Beira Baixa.

O InovCluster, com sede em Castelo Branco, foi mais uma vez o grande promotor da presença lusitana no evento que contou com 1660 expositores de 66 países e que foi visitado por 400 mil pessoas, gerando um volume de negócios de 50 milhões de euros.

De Castelo Branco participaram as empresas Maria Dias (com venda direta de pasteis de bacalhau e rissóis de leitão), a Dayana (com o pão com chouriço e o pastel de nata), a Horta de Gonçalpares (com o vinho Raya) e o Fio de Beira (com o azeite). Mas a presença do distrito integrou ainda a Beira Salgados (Idanha-a-Nova), com as empadas, os Lagares da Catraia e o Monte Barbo (de Proença-a-Nova), com o azeite e o vinho, e a Damar (Fundão), com os queijos. A presença nacional ficou preenchida com a Associação Nacional de Pera Rocha e o Centro de Estudos de Promoção do Azeite do Alto Alentejo.

A procura pelos produtos portugueses é mais notória a cada edição que passa, havendo muitos visitantes que procuraram especificamente o espaço português para degustarem as iguarias da Beira Baixa. A particularidade da Green Week é a venda direta dos produtos. Luís Correia, presidente do Município de Castelo Branco, adianta que "tem havido uma adaptação das nossas empresas ao modelo da feira e à importância de trabalhar o consumidor diretamente. Portugal tem estado muito focado em contactos diretos e não tem valorizado a vertente do consumidor. Quando dermos continuidade deste trabalho junto do mercado alemão é mais fácil chegar aos importadores, pois o consumidor final já conhece os nossos produtos".

E se há cinco anos os alemães olhavam para Portugal de uma forma menos positiva, hoje o sentimento generalizado é que Portugal está na moda. João Mira Gomes, embaixador de Portugal na Alemanha, durante a visita que fez ao certame, destacou o impacto económico positivo do certame para as empresas portuguesas ali presentes. "Encontrei aqui vários expositores que já conhecia dos outros anos e eles não voltariam se o impacto fosse negativo", disse à comunicação social.

O embaixador português destacou ainda a presença portuguesa no evento, que pelo InovCluster já vai no quinto ano consecutivo. João Mira Gomes classificou-a como consistente, o que desenvolve no consumidor alemão o gosto pelos nossos produtos.

Luís Correia considera que "o InovCluster continua a cumprir o papel da sua existência que passa por promover e incentivar à internacionalização. Com este certame foi dado mais um passo nesse sentido".

Já em nota de imprensa, o InovCluster refere que "as expetativas dos nove expositores presentes no stand de Portugal em Berlim foram largamente alcançadas, tendo conseguido não só um bom volume de negócios, como ainda um número assinalável de contactos, reforçando a imagem dos seus produtos e de Portugal na Alemanha".

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