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Proença-a-Nova: Protocolos com empresas tecnológicas

Lídia Barata - 27/06/2019 - 11:01

As empresas de base tecnológica têm encontrado em Proença-a-Nova acolhimento e condições para operar, a partir dali, para todo o mundo.

 

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Os empresários foram todos homenageados pela autarquia

O município de Proença-a-Nova e as empresas Babel e Noesis, de base tecnológica, assinaram, durante o II Fórum Empresarial, protocolos de colaboração para a instalação destas duas associadas da OutSystems na vila.

À Babel, que já se encontra a trabalhar, junta-se agora a Noesis e, em breve, uma terceira empresa, sendo responsáveis neste momento pela criação de mais de 20 postos de trabalho. Alguns colaboradores são licenciados que frequentaram uma ação de formação para reconversão de competências e que, desta forma, encontram agora um local para exercerem as novas funções. “O sector tecnológico é, sem dúvida, um dos que mais de adapta a um território com as nossas características e será fundamental ampliarmos as empresas de base tecnológica aqui instaladas para, através delas, potenciarmos outros sectores de atividade, alguns indiretamente, sempre com o objetivo de trazer e fixar pessoas no interior”, referiu o presidente da Câmara, João Lobo.

Durante o II Forum Empresarial, com o tema “Que Empresas de Futuro em Territórios de Baixa Densidade”, foram apresentadas estratégias para valorizar os recursos já existentes para fazer a diferença num mercado global onde há mais garantias de sucesso se as empresas se unirem nesse desígnio. “São os empresários que criam riqueza, que desenvolvem os territórios, que criam emprego. Ser empresário no interior é sempre mais difícil, mas estes territórios têm recursos únicos que devem ser valorizados e isto só se faz com os empresários, fazendo a diferença”, afirmou Conceição Carvalho, em representação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Para além da área tecnológica, é possível apostar em sectores que podem representar uma oportunidade de negócio, como os produtos regionais. A tigelada, cujo processo de qualificação está iniciado com vista à sua comercialização, é um exemplo. “A qualificação destes produtos tem custos, mas também tem vantagens. Dá garantias de qualidade e segurança ao consumidor e, no caso da tigelada, há procura no mercado”, revelou António Moitinho Rodrigues, diretor científico do Centro de Apoio Tecnológico e Agroalimentar (CATAA) de Castelo Branco. “É voltar ao antigamente com nova tecnologia e inovação, mais eficiente para valorizar o território”, acrescentou João Nunes, presidente e CEO da BLC3 - Campus de Tecnologia e Inovação, uma associação sem fins lucrativos com um novo modelo de desenvolvimento de atividades de investigação e intensificação tecnológica de excelência, incubação de ideias e empresas e apoio ao tecido económico em regiões interiores e rurais.

Ricardo Araújo, diretor ecosystem talent da Outsystems, deixou um testemunho de quem se instalou em Proença-a-Nova há dez anos.

João Paulo Catarino, secretário de Estado da Valorização do Interior, encerrou os trabalhos, referindo que “as assimetrias não se resolvem de um dia para o outro”, mas que a criação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior foi um importante passo dado pelo Governo, a que se seguiu a criação da Secretaria de Estado que, em articulação com os diferentes ministérios, conseguiu criar apoio para os territórios do interior.

Durante o Forum, foram entregues diplomas às sete empresas do concelho reconhecidas como PME Líder, quatro das quais acumulam a distinção de PME Excelência, e um galardão extra ao empresário José Lourenço.

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