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Proença-a-Nova: Santo Lenho atrai centenas ao mercado quinhentista

Reconquista - 17/05/2018 - 8:00

As imediações da Igreja Matriz de Proença-a-Nova enceram-se de povo para receber Pedro da Fonseca, chegado à vila com o Santo Lenho, o pedaço da Cruz de Cristo que lhe foi oferecido pelos seus préstimos como conselheiro do Papa Gregório XIII, em Roma.

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Recriação histórica animou o coração da vila

As imediações da Igreja Matriz de Proença-a-Nova enceram-se de povo para receber Pedro da Fonseca, chegado à vila com o Santo Lenho, o pedaço da Cruz de Cristo que lhe foi oferecido pelos seus préstimos como conselheiro do Papa Gregório XIII, em Roma. Este foi o mote para a recriação histórica da Lenda do Santo Lenho, que teve lugar a 3 e 5 de maio, no largo a que Pedro da Fonseca deu o nome.

O filósofo jesuíta que ficou conhecido por Aristóteles Português, natural do concelho, ao regressar a Proença-a-Nova ofereceu o Santo Lenho à Misericórdia local, um dos fatos históricos retratados nesta encenação que atraiu centenas de pessoas que, nos dois dias, quiserem conhecer melhor a história da vila. O Santo Lenho tornou-se então num símbolo de culto e fé, ao qual a população pedia proteção em situações de intempéries, secas, pragas e outras doenças e hoje está exposto na Capela da Misericórdia, que abre anualmente no dia de Santa Cruz, a 3 de maio. Este dia foi durante anos feriado municipal, mantém-se, no entanto, a feira anual e a devoção que faz parte da história e da cultura do concelho e que o município quer pretende preservar.

A história do Santo Lenho também se cruza com outro marco da história de Proença-a-Nova, a passagem das tropas comandadas pelo general Junot, durante as invasões francesas. Diz a lenda que o Santo Lenho caiu em poder dos franceses, mas que por milagre se transformou em lata e eles abandonaram esta relíquia. António Manuel Silva, reitor da Universidade Sénior, deu uma palestra onde relembrou os fatos mais importantes da vida e obra de Pedro da Fonseca, que muitos desconhecem, contextualizando a iniciativa.

A animação do mercado quinhentista contou com duas peças de teatro, um concerto de música coral, coreografias e danças e encerrou com um espetáculo de fogo. Inserida no projeto “Beira Baixa Cultural” - cofinanciado no âmbito do Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, promovido pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), esta recriação contou com a participação do Grupo de Teatro Vaátão e com os alunos da Universidade Sénior de Proença-a-Nova e com o apoio do Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova e Instituto Vaz Serra.

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