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Proteção Civil: Rui Esteves é o novo comandante nacional

Reconquista - 28/12/2016 - 9:51

O comandante distrital de operações de socorro de Castelo Branco irá substituir no cargo José Manuel Moura, que liderava a Proteção Civil desde 2012.

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Rui Esteves comanda o CDOS há vários anos. Foto arquivo Reconquista

O comandante distrital de operações de socorro de Castelo Branco é o novo comandante nacional operacional da Proteção Civil.

Rui Esteves irá substituir no cargo José Manuel Moura, que liderava a Proteção Civil desde 2012.

A notícia avançada na manhã desta terça-feira foi confirmada pelo Ministério da Administração Interna, avança a rádio TSF.

Rui Esteves lidera a Proteção Civil distrital há vários anos e o seu trabalho tem sido reconhecido não só pelo combate aos incêndios mas também noutros episódios, como a resposta de socorro ao acidente com um autocarro na A23 em 2007 ou o tornado que varreu a Sertã e outros concelhos em 2010.

Ainda recentemente o executivo municipal da Sertã aprovou um voto de louvor pelo modo com este tem comandado as forças de proteção civil no concelho, quando este é assolado por situações de risco.

Este voto de louvor foi aprovado por unanimidade, noticia a Rádio Condestável.

COMENTÁRIOS

Carlos Silva
à muito tempo atrás
Sempre considerei que um alto cargo desta natureza exige menos "músculo" e mais "cérebro". Ser bombeiro é estar do lado do executante, de alguém que não tem visão global nunca porque está no terreno e pouca iniciativa tem na estratégia de ataque a um incêndio por exemplo. A única iniciativa é a energia e determinação em salvar vidas mas também não o pode fazer apenas com "coração" pois pode ser fatal e perder a sua própria. Por isso, um bombeiro será sempre um executante e alguém que acedeu a um alto cargo pela via de bombeiro, comandante de bombeiro e por aí adiante nunca terá a formação e a sensibilidade científica para entender as terríveis novidades que o clima reservou para a humanidade. Imaginemos a situação com um exemplo concreto: Apenas um navegador conseguiu passar o cabo das tormentas no sul da África e a intuição, a sensibilidade, o conhecimento foi decisivo. Quem vai ao "leme" tem de ser alguém com formação científica, alguém que tenha estudado desde muito cedo o clima, os seus fenómenos que saiba interpretar os sinais enviados pelo IPMA na parte que interessa à proteção e prevenção. Acho completamente ridículo dizer que os bombeiros e as polícias devem fazer formação nas Escolas. Bombeiro é e será sempre bombeiro, deve manter-se em boa forma, estar mentalizado e desenvolver atitudes de "guerreiro" na ação concreta no terreno. Deixem a formação para os professores, eles sabem e podem ensinar em disciplinas como Geografia ou no âmbito de projetos interdisciplinares ou mesmo no âmbito da Educação Cívica. Esta "invasão" ( infelizmente consentida pelo sistema educativo) é nefasta pois gera a ideia de que para ser bom piloto de navegação de uma organização complexa como a proteção Civil basta saber dirigir homens e ter sido comandante de bombeiros. O facto é que o clima tem as suas manhas e é preciso conhecê-las, é possível conhecê-las. Ao contrário do que o Sr. Secretário de Estado disse a propósito do incêndio de Pedrógão, a situação foi perfeitamente normal e não anormal como ele disse, como se a culpa fosse do clima imprevisível. De facto bastaria ter estudado de forma aprofundada Climatologia para entender que no Verão ( estação cada vez mais precoce ) as depressões de origem térmica podem provocar ( e têm provocado ao longo de séculos e até milénios) incêndios de origem natural. Para mim, é uma opinião, não ter este conhecimento enraizado de uma forma quase afetiva de quem considera "seu" o conhecimento é uma falha grave pois canaliza a atenção dos dirgentes para os operacionais que rejubilam e aproveitam para reinvindicar sempre melhores condições salariais e outras regalias, o que é um abuso tendo em conta a gravidade dos factos climáticos que estão a condicionar e ameaçar milhares de vidas como nunca no passado, em especial as das regiões do interior, pois concerteza este mesmos dirigentes não compram casas no interior, mas no litoral, junto do mar e não conseguem colocar-se no lugar de um idoso numa aldeia isolada rodeada de floresta com 45.º C de temperatura. E por isso as suas decisões serão sempre pouco racionais no sentido que não são esclarecidas na parte da lógica da fundamentação da acção, que neste caso é de ordem científica. É preciso estar do lado do Saber pois que" interessa correr se não vamos pelo caminho certo"? Mas não é só Climatologia, mas também Ecologia, Sociologia Rural e Urbana etc, ou seja há toda uma área de formação que deve ser obrigatória pois é preciso conhecer os modos de viver, de pensar das populações rurais mais afetadas. Não é o mesmo que fazer formações mais ou menos apressadas com vista a um objetivo e todos sabem como essas formações não passam de um puzlle imperfeito de saberes dispersos e desenquadrados. Alguém dizia que "temos de sofrer a Pátria" e não cruzar os braços enquanto aguarda a próxima catástrofe para agir depois. É um crime deixar morrer gente queimada por causa do clima.Equivale a omissão de auxílio. É dever de um responsável tornar-se visível, saltar para a comnicação social e ter um entusiasmo e um ar de juventude e não uma atitude agastada e medrosa. É essa atitude que faz a diferença. Para mim o perfil ideal para um cargo destes é alguém com formação numa área interdisciplinar por natureza, que faça questão em não ligar o ar condicionado e seja um verdadeiro amante da natureza e tenha uma casa ( ainda que secundária) na região do interior do país. É fácil pensar em termos urbanos, viver em meios urbanos sintéticos, artificiais, ter casa com vista para o mar e ainda por cima não ser sensível ou não ter o conhecimento devido, pois repito, não se pode amar o que se não conhece. Só depois é que podemos esperar algum resultado e o melhor resultado é não haver notícias de tragédias, não ser conhecido pelos piores motivos e passar os "Cabos das Tormentas" pois a sua missão é justamente evitar e salvar vidas humanas.
Cristina
à muito tempo atrás
indignada com as consequencias da remodelacao na ANPC