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Retratos: Dimanche

JC - 30/11/2016 - 10:17

Dimanche não quis mostrar os seus rendimentos e abandonou a gestão da Caixa de Depósitos Lusitana. De uma penada deixou o Roseiral a assobiar sozinho e ofuscou o balanço positivo do primeiro ano de governação. -”Ele sempre disse que era especial e que o povo que lhe paga o guito não tinha que saber quanto ganhava. Era uma questão de coerência”, referia Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, enquanto lia, sem surpresa, a notícia sobre a demissão de Dimanche.
-”O que se estava a passar era uma pouca vergonha! Então todos temos obrigações, e depois há pessoas que querem leis à medida. Ele nunca deveria era ter assumido o cargo”, referia Godofredo, secretário geral da BR, que não se conforma com a mísera reforma que tem, fruto de uma vida a trabalhar no duro.
-”Temos que ser uns para os outros”, retorquiu Evaristo, do Conselho Fiscal da BR, para quem Dimanche sempre foi coerente consigo próprio, afirmando que em circunstância alguma apresentaria a Declaração de Rendimentos. -”Até parece que não há mais ninguém no país para gerir o banco público. Como se todos os outros gestores fossem burros. E além do mais o ordenado é superior ao do chefe do Governo!”, acrescentou.
-”Agora como viu que a Nação Lusitana é um Estado de direito, fez o favor a si próprio de se demitir. Já o deveria era ter feito, pois poupava muitos embaraços e vergonhas ao país”, disse Jeremias, visivelmente irritado com tamanha ofensa pública. -”O que é de cada um é de cada um. E ninguém lhe iria tirar nada. Mas se todos cumprimos as leis, porque é que haveria de haver exceções?!”, questionou.
-”Na Nação Lusitana gostamos muito deste tipo de jogos. É assim que também nos mostramos ao mundo com título de notícias elucidativas: gestor do banco público recusa entregar declarações de rendimentos”, disse Godofredo.
-”Sim, mas lá fora passam-se coisas parecidas. É por isso é que cada vez mais as sondagens se enganam”, concluiu Evaristo, enquanto contava os trocos para jogar no eurolimões, que a vida está difícil...

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