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Retratos: Ano novo, vida nova

JC - 29/12/2016 - 9:31

Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, anda a contas com uma dor intensa no dedo grande do pé direito. -”É a gota, é o que é! Abusei nas coisas boas que a vida nos dá, e o corpo até se esqueceu que era Natal e que o tempo não estava para ter dores destas!”, disse o responsável máximo pela BR, que, na tentativa de passar o ano melhor do dedo, está em dieta rigorosa até ao dia 31.
-”Espero nessa altura já estar bem, sem dores, que a minha cara metade já lá tem uns camarões selvagens de aquário para cozer, com gindungo africano, daqueles que são de comer e chorar por mais”, acrescentou Jeremias.
-”E logo agora é que ficaste com a gota”, referiu Godofredo, secretário geral da Brigada, que por causa das coisas fez um tratamento preventivo à dita doença, evitando comer carnes jovens e mariscos. -”Até o queijo foi fresco!”, explicou ao seu camarada de direção, na visita de cortesia que lhe fez.
-”Pois eu também pensei nisso. Mas que diabo, andei o ano todo à espera da noite da consoada para fazer umas avarias gastronómicas. Um tipo pensa que ainda é novo e depois dá nisto. Nem o sapato consigo calçar. É uma autêntica calamidade!”, respondeu Jeremias.
-”Isso não há nada como um chazinho de «cavalinha». Bebes de manhã, ao almoço e ao deitar, e ficas pronto para a passagem de ano”, aconselhou Godofredo que no seu tratamento preventivo também bebe o dito chá.
-”Vou já tratar disso”, afirmou Jeremias, enquanto pesquisava na internet os efeitos o chá cavalinha em dedos grandes dos pés. -”Eh pá se isto for como aqui diz, amanhã já estou bom e de sábado para domingo ainda vou ver o foguetório”, acrescentou.
-”Então que assim seja amigo Jeremias. Lá nos encontramos no sítio do costume. Eu levo as passas, tu tratas do vinho gaseificado que o preço do champanhe está pior que a dor do teu dedo do pé...”, concluiu Godofredo.

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