A Centroliva tem revelado falhas ambientais, diz a CCDRC. Foto arquivo Reconquista
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Cento anunciou que vai encerrar a Centroliva em Vila Velha de Ródão.
A empresa que se dedica à produção de energia elétrica a partir da combustão de biomassa (bagaço de azeitona, estilha e resíduos florestais) "não fez os investimentos com que se tinha comprometido há mais de um ano com o Governo, a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e outras entidades públicas, e que visam instalar sistemas de tratamento de efluentes gasosos, obrigatórios por lei", diz a CCDRC em comunicado.
A mesma fonte fala em falhas de apresentação de relatórios de autocontrolo e incumprimentos em sete anos.
A última fiscalização aconteceu no dia 7 com medições em duas caldeiras "tendo-se verificado o incumprimento dos valores limite de emissão aplicáveis aos poluentes partículas, monóxido de carbono e compostos orgânicos. A título de exemplo, constatou-se que a concentração de monóxido de carbono nas duas caldeiras é superior ao valor limite legal aplicável em 49 vezes numa caldeira e 34 vezes na outra caldeira".
A exposição aos poluentes atmosféricos "pode estar associada ao aumento de risco de contrair patologia diversa de que são exemplos, entre outras, as doenças do foro respiratório e cardiovascular, sobretudo em populações mais vulneráveis como crianças, grávidas e doentes crónicos".
A CCDRC decidiu que as caldeiras deviam ser desligadas, medida que só será anulada após verificar que o perigo deixou de existir.
Luís Pereira avisa que as autoridades não estão disponíveis para ""pactuar com estes incumprimentos"". Empresa garante colaboração.
A Câmara de Vila Velha de Ródão aprovou, por unanimidade, na sua última reunião pública descentralizada do executivo, que decorreu dia 13 de janeiro, na freguesia de Fratel, o despejo administrativo de uma edificação localizada no Monte da Ordem, propriedade da empresa Centroliva.