Empresa terá de tomar medidas nas próximas semanas. Foto arquivo Reconquista
O Ministério do Ambiente cessou a atividade da Centroliva e intimou a empresa localizada em Vila Velha de Ródão “a tomar medidas para retomar a atividade”.
A decisão foi conhecida esta quarta-feira depois de a Inspeção-Geral do Ambiente ter estado na empresa na segunda e terça-feira.
Em comunicado o ministério dirigido por Matos Fernandes esclarece que no dia 4 de novembro “foi verificada a descarga de águas pluviais contaminadas, provenientes da empresa Centroliva, sita na área de influência da Bacia do Rio Tejo, em Vila Velha de Ródão”.
A nova inspeção feita esta semana determinou “a cessação compulsiva da atividade de secagem de bagaço de azeitona, desenvolvida por esta empresa, sem que para tal fosse detentora de licença válida”.
A empresa fica agora intimada para não receber e armazenar bagaço de azeitona na lagoa junto à unidade de secagem e num prazo de cindo dias uteis terá de apresentar “um plano calendarizado de remoção e encaminhamento dos produtos contidos na referida lagoa”.
Terá ainda de enviar um plano “para remoção de águas ruças” de um tanque e de uma lagoa.
O prazo para concretização de todas as medidas é de 20 dias úteis.
A Centroliva tinha sido encerrada por incumprimento ambiental no último mês de março e reabriu em maio.
Ainda há menos de um mês a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão tinha pedido uma intervenção das autoridades na empresa.
A Câmara de Vila Velha de Ródão aprovou por unanimidade o despejo administrativo de uma edificação localizada no Monte da Ordem, propriedade da empresa Centroliva.
A empresa que se dedica à produção de energia elétrica a partir da combustão de biomassa "não fez os investimentos com que se tinha comprometido há mais de um ano".
Após fiscalização a empresa comprometeu-se a cumprir os deveres de monitorização, mas não cumpriu. Foi, por isso, cautelarmente encerrada.
O ministro do Ambiente garante que "o governo tem uma estratégia clara, um plano de fiscalização claro".
A Centroliva continua a ser um foco de preocupação no concelho de Ródão, pelo que a autarquia continua a pedir uma fiscalização mais apertada.