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Tejo: Lamas junto às Portas de Ródão são "interesse público e nacional"

José Furtado - 23/03/2018 - 0:56

Segundo o Conselho de Ministros a medida é necessária para despoluir o rio Tejo e será provisória.

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A medida está a ser criticada por ambientalistas. Foto arquivo Reconquista

 

O Conselho de Ministros aprovou a manifestação de interesse público e nacional da ocupação temporária de um terreno junto às Portas de Ródão, para acolher as lamas provenientes da limpeza do fundo do rio Tejo junto ao emissário de Vila Velha de Ródão.

O prédio denominado por Barroca da Senhora fica a poucas centenas de metros do monumento natural.

“Procura-se, desta forma, promover as medidas necessárias à prevenção e recuperação dos recursos hídricos da bacia hidrográfica do Tejo, designadamente a ação de limpeza das lamas localizadas junto à zona envolvente do emissário de Vila de Velha de Ródão”, justifica o Governo.

Tal como o Reconquista noticiou recentemente o Ministério do Ambiente diz que a escolha de um terreno próximo das Portas de Ródão para receber provisoriamente as lamas não choca com a lei que classifica e protege o monumento natural.

 

 Foi aprovada a resolução que reconhece o manifesto interesse público e nacional de requisitar a ocupação temporária do prédio denominado "Barroca da Senhora", no âmbito da «Operação Tejo 2018».

Procura-se, desta forma, promover as medidas necessárias à prevenção e recuperação dos recursos hídricos da bacia hidrográfica do Tejo, designadamente a ação de limpeza das lamas localizadas junto à zona envolvente do emissário de Vila de Velha de Ródão.

Comunicado do Conselho de Ministros de 22 de março de 2018

 

A Quercus de Castelo Branco tinha acusado a Agência Portuguesa de Ambiente de pretender “aspirar 30.000m3 de resíduos diretamente do fundo do rio depositando-os na margem direita, num terreno privado dentro da área protegida do Monumento Natural das Portas de Rodão”.

Segundo os ambientalistas as lamas poderiam conter metais pesados e hidrocarbonetos, o que foi desmentido pelo ministério.

A intervenção “terá uma duração estimada de oito meses” e após os trabalhos “serão reconstituídas na íntegra as condições preexistentes à intervenção”.

A “Operação Tejo 2018” pretende extrair cerca de 30 mil metros cúbicos de lamas no fundo do rio Tejo, dos quais cerca de 12 mil junto à zona envolvente do emissário de Vila de Velha de Ródão.

COMENTÁRIOS

jmarques
à muito tempo atrás
"Interesse público e nacional" era não deixar poluir o Tejo;
"interesse público e nacional" era sancionar os poluidores etc.
Manitu
à muito tempo atrás
E quem custeia a “Operação Tejo 2018” ? Querem lá ver que somos nós os munícepes os poluidores!!!!!!!!
João Duarte
à muito tempo atrás
Agora que o Tejo esta poluido vão fazer limpeza quem vai pagar de novo ... os contribuites quem fez as descargas vai continuar a ser protegido pelos Senhoures Ministros ambientais e outros... Viva Portugal ...