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Todo-o-Terreno: Baja do Pinhal quer alcançar Portalegre

Artur Jorge - 06/03/2018 - 9:00

TT Autarcas locais falam de um investimento com retorno e esperam que a médio prazo a sua baja possa atingir uma bitola semelhante à da prova rainha.

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Espetáculo do todo-o-terreno regressa à zona do pinhal

“Uma região a renascer”. Podia ser este muito bem o slogan da Baja do Pinhal, a primeira prova do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno (CNTT), que os concelhos de Proença-a-Nova, Sertã e Oleiros recebem no fim-de-semana de 16 e 17 de março.

Em junho de 2017, a prova da Escuderia Castelo Branco ficou marcada pelo sufoco da primeira vaga dos terríveis incêndios que devastaram a zona centro do país, que obrigou, inclusivamente, a alterar o local da entrega de prémios, na vila da Sertã. Oito meses depois, após “uma negociação difícil”, como reconheceu António Sequeira, na apresentação do evento, a prova beirã de um dos principais campeonatos do calendário desportivo da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), vai regressar ao terreno como um bastião da proteção da floresta.

“Em junho pilotos e visitantes saíram daqui com a imagem de uma região a arder. Vão regressar para ver a mesma zona a renascer”, enfatizou Nuno Almeida Santos, o membro nacional desta disciplina motorizada na comissão da Federação Internacional do Automóvel (FIA), durante a cerimónia de lançamento da baja, realizada ao fim da tarde de terça-feira na Casa das Associações, em Proença-a-Nova.

A Baja TT do Pinhal abre em 2018 as hostilidades do todo-o-terreno, com classificações para os jipes, motos e buggies (SSV). Serão dois dias de dura competição contra o cronómetro, num território que quer, cada vez mais, valorizar a marca da sua prova. Os autarcas dos três concelhos confirmam o retorno económico e turístico que a jornada nacional proporciona, mas pensam mais alto e não descansam enquanto a sua baja não alcançar a projeção de competições icónicas, como as 24 Horas de Fronteira ou Portalegre.

“Consideramos que há aqui um potencial enorme, capaz de auxiliar os nossos operadores turísticos a recuperarem o posicionamento que detinham antes dos incêndios”, sublinhou Paulo Urbano, da Câmara de Oleiros. O seu concelho, concretamente o centro da vila de Oleiros, acolhe o início da prova, no dia 16.

Paulo Farinha Luís, da autarquia da Sertã, área geográfica que tem momentos importantes do programa, inclusivamente uma power stage ao fim da tarde de sexta-feira, tem indicadores económicos precisos quanto à pertinência do investimento. Fala também de um recurso com potencial para ajudar a devolver o elã à zona do Pinhal. Já o anfitrião João Lobo, presidente da Câmara de Proença-a-Nova, que terá no Parque Urbano Comendador João Martins a cerimónia de pódio, ao fim da tarde de sábado, dia 17, destaca o envolvimento dos municípios: “O território é para ser vivido em parceria. Apesar de termos sofrido as consequências dos fatídicos incêndios, temos muito para dar. Esta baja TT é uma marca que está a afirmar-se”, disse.

É um triângulo de vontades convergentes aquele que suporta financeiramente a abertura do nacional de todo-o-terreno. A baja começa com um prólogo em Oleiros, com o “apetecível” salto na zona do Cristo Rei, e vai terminar em Proença-a-Nova no dia seguinte, depois de 325 quilómetros contra o cronómetro.

 

COMENTÁRIOS

António Sequeira
à muito tempo atrás
Parabéns pela notícia