A atividade turística tem desempenhado um papel determinante no processo de recuperação que o país tem percorrido, sendo decisivo para o crescimento económico que se assiste. Aliás, a importância deste setor para o desenvolvimento das economias locais é ainda mais pertinente, nomeadamente em territórios do interior.
Como tal, o Município de Castelo Branco encontra neste setor um potencial de forte desenvolvimento e com enorme margem de crescimento, pelo que, de forma a definir uma atuação sustentada e bem definida, no início do mandato 2013-2017 estabilizou um Plano de Desenvolvimento Turístico 2025, orientador para as diversas ações a desenvolver.
Basicamente, definiu-se uma estratégia que pretende fortalecer o sistema turístico local e assim posicionar Castelo Branco como destino turístico mais atrativo.
A abordagem a este tema, surge a propósito dos últimos números publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o Turismo, relativos a 2016 e por município, onde é possível efetuar uma análise daquilo que tem sido a dinâmica deste setor nos últimos anos.
Fazendo um especial enfoque sobre os últimos três anos e em três dimensões cruciais para a interpretação da evolução desta atividade económica no nosso Concelho (Nº de Hóspedes, Nº de Dormidas e Proveitos Financeiros), podemos perceber que existe uma tendência positiva que nos deixa otimistas para o futuro.
Assim, analisando a evolução dos dados de 2014 com os de 2016, constatamos no Concelho de Castelo Branco um aumento em 29,20% no nº de Hóspedes, 36,20% no nº de Dormidas e 42,74% nos Proveitos gerados por esta atividade.
Aliás, comparando esta evolução com a globalidade da Região Centro, Castelo Branco apresenta números claramente superiores, o que representa um reforço do setor na economia local, dado inquestionável e que valoriza o trabalho desenvolvido. Aliás, esta realidade, desmente quem apregoa o fosso ou a necessidade de inversões, profetizando desgraças. Pelo contrário, Castelo Branco está em crescimento neste setor.
Mais, analisando o quadro apresentado e em comparação com Concelhos vizinhos (enquadrados em regiões de turismo há anos) ou outras capitais de Distrito, Castelo Branco apresenta, comparando valores de 2016 face a 2014, a maior evolução em termos do nº de dormidas, o que não deixa de ser um valor assinalável.
E estes dados não podem ser desassociados dos diversos investimentos realizados e politicas desenvolvidas, nomeadamente ao nível cultural, pela Autarquia albicastrense, destacando a abertura de diversos equipamentos como o Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, a Casa da Memória Judaica ou o Museu dos Têxteis, nos Cebolais de Cima. Investimentos estes, realizados pelo Município, que surgem enquadrados numa estratégia bem definida e que se associam a equipamentos já existentes como o Museu Cargaleiro, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, entre outros.
Na verdade, oferecer turismo de qualidade exige um trabalho prévio e só de forma consolidada pode constituir-se como uma alavanca para o desenvolvimento económico local.
É por isso que, para além do turismo Cultural, tem-se também investido no turismo de Natureza (Percursos Pedestres e de BTT e criação do Centro de Apoio a Atividades de Natureza, em Malpica do Tejo, por exemplo) e no turismo de Experenciação (valorização dos nossos produtos endógenos e património imaterial), sendo agora prioritário a respetiva promoção, nomeadamente ao nível da estruturação de diferentes produtos.
O caminho está traçado e o trabalho está a ser desenvolvido, os números, felizmente, também nos dizem que os resultados estão a aparecer.
*Vereador da Câmara Municipal de Castelo Branco
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