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Há um momento em que a realidade se impõe

Carlos Almeida- Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Castelo Branco - 09/02/2017 - 11:55

O turismo vale mais para a economia, emprego, exportações e investimento em Portugal (5,8%) do que para o resto do mundo (2,9%).

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1. O turismo vale mais para a economia, emprego, exportações e investimento em Portugal (5,8%) do que para o resto do mundo (2,9%). O nosso País ocupa a 5ª posição dos países com maior saldo da balança turística da União Europeia. Por isso se considera que a atividade turística é um dos principais motores, senão, o principal para a criação de riqueza. Os dados referidos mais relevantes se tornam para o desenvolvimento dos Concelhos/Cidades. Porque mais turistas representam a criação de empresas, mais postos de trabalho e maior atividade económica.
2. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou, recentemente, um estudo da atividade turística em Portugal, no ano de 2015. São apresentados valores sobre o desempenho de todos os concelhos nos diferentes parâmetros padronizados que permitem conhecer a oferta e a procura. Após a análise comparada com dois outros concelhos, Castelo Branco saí claramente a perder. Não deixa de ser surpreendente o facto de ficarmos atrás do Fundão e significativamente distante da Covilhã. Verdadeiramente preocupante é termos, ao nível dos proveitos, concelhos do interior como Évora (14.711), Beja (5.471), Viseu (4.754), Bragança (2.395), Vila Real (2.051) e Guarda (1.816) muito acima de Castelo Branco (1.758).
3. Castelo Branco tem condições únicas para ser extremamente competitivo. Com inteligência deverá saber combinar os elementos naturais com o património histórico-cultural. Temos ativos diferenciadores como o clima, luz, natureza, gastronomia, castelo, rio Tejo, rede museológica, cultura artesanal e arquitetónica, entre outros. Todavia, o nosso maior ativo são as pessoas e a sua hospitalidade. Impar!
4. Mas se pretendemos ser um destino de sucesso teremos de melhorar alguns aspetos já existentes: aumentar a oferta de alojamento, ficando a sugestão de converter o edifício do ex-Governo Civil num Hotel de Charme – do qual turistas e residentes poderiam usufruir, fazendo deste espaço único da cultura beirã, um “museu vivo” da história da nossa cidade; aperfeiçoar a sinalética turística; aumentar em quantidade e qualidade a animação, incluindo a de rua. Depois é fazer o que não está feito: idealizar e associar uma marca e um slogan; trabalhar em rede com todos os agentes públicos e privados; publicitar o destino nos locais estratégicos; criar e dinamizar rotas. Finalmente escolher um líder com criatividade e dinâmica para operacionalizar a estratégia.
5. Evidenciar os factos não é querer diminuir a nossa terra. É, sobretudo, fazer um exercício político de verdade com pressupostos sólidos. Argumentar é dar primazia ao conhecimento. Para podermos fazer a defesa intransigente das nossas gentes. Mediante os dados oficiais não nos conformamos com a presente realidade. Temos a ambição de liderar o desenvolvimento de todas as capitais de distrito do interior do País. Os Albicastrenses merecem isso!

 

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