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Leitores: Turismo em Castelo Branco. Os números do nosso descontentamento

Carlos Almeida - 01/02/2018 - 10:17

O turismo em Portugal não deixa de bater recordes de forma consecutiva, nos diferentes indicadores. Todos os analistas são unanimes em considerar que o turismo tem sido a mola impulsionadora do nosso crescimento económico.

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- Presidente da Comissão Política Concelhia e candidato do PSD ao Município de Castelo Branco

1. O turismo em Portugal não deixa de bater recordes de forma consecutiva, nos diferentes indicadores. Todos os analistas são unanimes em considerar que o turismo tem sido a mola impulsionadora do nosso crescimento económico. Mais atividade turística significa mais empresas, postos de trabalho e criação de riqueza. E se esta realidade é importante para o país a mesma constitui-se como um imperativo do desenvolvimento do Interior. Um dos eixos estruturantes para fixar as pessoas e viabilizar as nossas terras é criar e consolidar dinâmicas turísticas. 

2. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou as estatísticas do turismo referentes a 2016. São apresentados valores sobre o desempenho de todos os concelhos para diferentes indicadores. Não deixa de ser sobremaneira preocupante o fosso cada vez maior entre Castelo Branco e a larga maioria das capitais do interior. Por exemplo, em 2016 o turismo no concelho de Évora gerou em receita 27.076 milhões de euros e em Castelo Branco, apenas, 3.550 milhões de euros. 

3. No que ao distrito respeita, este padrão mantém-se: Castelo Branco fica muito atrás da Covilhã e do Fundão. Todavia, o mais frustrante e revoltante é que as diferenças estão acentuar-se. Não é difícil constatar que quem fica a perder com a inoperância do Município e com a ausência de uma estratégia clara, ativa e eficaz para o turismo são os albicastrenses! As oportunidades geradas nos concelhos da Covilhã e do Fundão são em muito maior número para aqueles que lá vivem ou lá querem viver. O turismo gera empregos diretos e muitos outros de forma indireta.

4. Como inverter tal situação? A política Camararia é determinante! Destaco 4 áreas onde deveria atuar: a) Captação de investimento na oferta hoteleira; b) Dinamização dos equipamentos, infraestruturas e rotas das freguesias; c) Criação de um conselho estratégico que junte representantes de todos os operadores públicos e privados; d) Divulgação do Concelho através da criação de uma marca associada a um conceito diferenciador. Concretizo com um exemplo prático mas notório desta falta de visão estratégica: a zona histórica do castelo. Casas degradadas, ruas sujas, fios pendurados, caixas de eletricidade visíveis e buracos nas estradas, já para não falar nas dificuldades de acessibilidades que sentem os nossos conterrâneos com mobilidade reduzida. Que cartão de visita para o ex-libris da nossa Cidade!?!  

5. Reitero algo que já afirmei inúmeras vezes: evidenciar factos não é querer diminuir a nossa terra. É, sobretudo, querer mudar a realidade. Demonstrar que é possível fazer muito mais. Que as nossas gentes merecem mais oportunidades. Que é possível fixar e atrair mais jovens. Que temos potencialidades para dar mais esperança aos albicastrenses. Deveríamos, pois, ter a ambição de liderar o desenvolvimento de todas as capitais de distrito do interior. Os Albicastrenses merecem-no!

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