Fotomontagem Reconquista
O Partido Comunista Português considera “inaceitáveis” os aumentos que a empresa Valnor impos aos municípios pelo tratamento do lixo em concelhos como Castelo Branco, Oleiros, Idanha-a-Nova, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei, Vila Velha de Ródão.
O Reconquista noticiou esta semana que o custo que estes e outros municípios terão que pagar à empresa agora privada subiu, face a 2016, 84 por cento e que só em Castelo Branco o custo é superior a um milhão de euros, o que levou esta e outras autarquias a devolverem as faturas que receberam.
O PCP distrital fala em “roubo aos municípios e um negócio escandaloso que criou um monopólio privado no sector dos resíduos sem paralelo na Europa, com gravíssimas consequências para trabalhadores e as populações, pois é sabido que a lógica do lucro não conhece limites, como agora se confirma”.
Os comunistas apontam culpas ao anterior Governo do PSD e CDS por ter permitido a privatização mas também ao atual do PS por ainda não ter revertido a situação.
O PCP “continua a bater-se para que a recolha e tratamento de resíduos seja um serviço público fundamental, pelo que a sua prestação não deve ser subordinado à maximização do lucro”, defendendo a reversão da privatização.
Os 25 municípios consideram excessivos os valores cobrados. Autarquias exigem harmonização de tarifas entre litoral e interior mas empresa é privada e modelo regulatório permite tudo isto.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, foi um dos autarcas que se insurgiu contra a privatização do setor, chegando mesmo a ver aprovada na Assembleia Municipal, a compra de dois por cento da Valnor por parte do município albicastrense, evitando assim que esta ficasse dominada por privados.