O Parque Natural do Tejo Internacional tem este ano 28 casais de abutre-preto a nidificar, o que representa mais de 70 por cento da população da espécie em Portugal e um aumento “significativo” da sua presença.
Os números são da Quercus, que assinala este sábado o Dia Internacional dos Abutres “para sensibilizar sobre a importância destas espécies e alertar para risco de extinção”.
Dos 28 casais, três reproduziram-se em terrenos propriedade da Quercus, um deles numa plataforma ninho artificial e os outros dois em ninho natural.
O abutre-preto é uma ave necrófaga ameaçada e está classificada como criticamente em perigo. Em 2010 regressou como reprodutora ao Tejo Internacional depois de cerca de 30 anos sem nidificar em Portugal, tendo dois casais nesse regresso. Hoje encontra-se não só o Tejo Internacional como no Douro Internacional e no Alentejo mas é o Parque Natural do Tejo Internacional que alberga “a maior colónia nidificante de abutre-preto em Portugal, a segunda maior população nacional de abutre do Egipto e de grifo e diversas espécies de avifauna criticamente ameaçadas e de elevado valor biológico”.
Estas aves necrófagas, que se alimentam de cadáveres de animais, são vistas como essenciais para o equilíbrio dos vários ecossistemas “visto que, ao consumirem animais mortos, eliminam, de forma rápida e eficaz, as carcaças desses animais no campo, evitando, assim, a propagação de doenças contagiosas”, diz a Quercus em comunicado. Os envenenamentos, electrocuções em postes elétricos de média tensão e a falta de alimento são algumas das maiores ameaças que enfrentam.
Na minha infância ensinavam na escola "Os animais são nossos amigos", o que parece ter caído em desuso.