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Ambiente: Agência justifica mancha verde com poluição

Reconquista - 24/11/2020 - 11:02

Agência Portuguesa do Ambiente confirmou que a albufeira de Cedilho tem níveis de concentração de fósforo total superior ao valor limite.

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Ponsul é um dos rios afetados. Foto arquivo Reconquista

A Agência Portuguesa do Ambiente confirmou que a albufeira de Cedilho tem níveis de concentração de fósforo total “de um modo geral superior ao valor limite para o bom estado, o mesmo se verificando para a clorofila a”, o que explica o manto verde que tem vindo a cobrir vários rios da região, como o Ponsul ou o Tejo.

A resposta foi dada ao ProTejo- Movimento pelo Tejo, que no início de novembro pediu explicações a esta agência governamental, segundo as qual estes mantos verdes surgem quando há temperatura elevada, caudais reduzidos e disponibilidade em nutrientes, principalmente fósforo.

Segundo a APA “a principal origem de Fósforo é o rio Tejo”. Porém, no Ponsul, “apenas o Fósforo total tem registado incumprimentos, verificando-se uma redução da sua concentração de montante para jusante”, atribuindo o seu aparecimento a possíveis descargas de estações de tratamento de águas residuais ou da poluição proveniente da agricultura, que diz estar a averiguar.

No Erges não foram registados incumprimentos, no Aravil há “incumprimentos pontuais do valor limite para o bom estado” e o mesmo acontece no Sever.

Os mantos verdes acabam por se deslocar da sua origem para os outros rios devido ao vento, o que diz ter observado através de imagens captadas por satélite e por drone.

A APA argumenta que a azola e lentilha de água não são tóxicas e podem ser utilizadas com fins agrícolas.

A agência diz ainda que tem estado em contacto com a Confederação Hidrográfica do Tejo, em Espanha, “tendo em conta a importância da implementação conjunta de medidas preventivas e de controlo”.

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