Autárquicas: Rui Amaro Alves é candidato independente

José Furtado - 17/06/2021 - 19:47

Candidato do Movimento Castelo Branco Merece Mais quer câmara “mais transparente, racional e ousada”.

Candidato apresentou a candidatura à porta do antigo liceu. Foto Reconquista

Uma câmara municipal mais justa e transparente. Esta é a proposta de Rui Amaro Alves, que lidera um movimento independente ao município de Castelo Branco nas eleições autárquicas deste ano. O lema é “Castelo Branco Merece Mais” e o projeto, garante o candidato, tem o apoio “de gente de todos os quadrantes políticos”, demarcando-se de outras iniciativas. “Nós não somos um movimento independente travestido”, avisa. O movimento pretende apresentar-se também à assembleia municipal e a pelo menos metade das juntas de freguesia.

Natural do Violeiro, em São Vicente da Beira, o candidato escolheu a porta da Escola Secundária Nuno Álvares, onde estudou, para começar o discurso dirigindo-se aos jovens. Eles “são a garantia desta terra, são o seu maior ativo e sem eles esta terra fica seca”, o que o leva a candidatar-se para recuperar “o estatuto de motor desta região” que, segundo ele, Castelo Branco deixou de ter.

Para Rui Amaro Alves “é possível fazer muito mais” com os mais de 50 milhões do orçamento municipal, a começar numa justa distribuição de verbas.

“Os recursos financeiros que anualmente a câmara municipal tem tido à sua disposição não são aplicados de forma justa e equitativa. Não servem a todos de igual forma e com a mesma importância. Os benefícios não são distribuídos de forma justa e proporcional. E são exageradamente colocados à disposição de uns em detrimento de outros”, afirma.

O programa que pretende apresentar aos albicastrenses começa com a preparação do regresso à normalidade, a atração de novas empresas com empregos mais estáveis e melhor pagos, a promoção do turismo e lazer em colaboração com os municípios da região tendo Castelo Branco como líder ou a sustentabilidade do uso da água. No setor cultural avança com uma proposta para o desenvolvimento de uma escola de artes e cultura que junte várias instituições com raízes na cidade, como a Escola Superior de Artes Aplicadas e o Conservatório Regional. Promete ainda mais eventos temáticos nas freguesias e um grande evento de cultura e artes no concelho. Ao nível do urbanismo as propostas a apresentar são para a regeneração do centro históricos e das freguesias.

Rui Amaro Alves é professor do Instituto Politécnico de Castelo Branco e especialista em planeamento regional e urbano. Tornou-se também conhecido pela investigação na área da mobilidade sustentável, entre outras, tendo trabalhado com diversos municípios na coordenação de planos e estudos no âmbito do ordenamento do território, urbanismo, transportes mobilidade e ambiente. Em 2012 assumiu as funções de subdiretor-geral da Direção Geral do Território e dois anos depois as de diretor do mesmo organismo. Foi ainda vice-presidente do Instituto Geográfico Português e presidiu à comissão consultiva da revisão do Programa Nacional das Políticas de Ordenamento do Território, à Comissão Nacional do Território e à Comissão Nacional da Reserva Ecológica Nacional, entre outras funções. Parte da sua obra incide no próprio concelho, cujo modelo de desenvolvimento estuda há 20 anos. Agora, afirma, chegou a altura de fazer parte da solução.