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Castelo Branco: Assembleia assinala 25 de Abril

JC - 02/05/2024 - 9:53

Os 50 anos do 25 de Abril de 1974 foram assinalados numa Assembleia Municipal Extraordinária realizada, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco

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A cerimónia foi precedida de um momento musical

Os 50 anos do 25 de Abril de 1974 foram assinalados numa Assembleia Municipal Extraordinária realizada, no Centro de Cultura Contemporânea de castelo Branco. Democracia e liberdade foram palavras presentes na maioria dos discursos dos representantes das forças políticas com assento naquele órgão, casos de Ernesto Candeias Martins (MPT), Maria da Conceição Pereira (Chega), Liliana Rebelo (PSD/CDS/PPM), Maria José Rafael (Sempre) e Francisco Pombo Lopes (PS).

Jorge Neves, presidente da Assembleia Municipal, fez uma das intervenções mais criticas. Aquele responsável lembrou que “a liberdade não pode ser apenas um conceito teórico, tem que estar ligada pelo respeito com os outros. Liberdade deve ser exercida em responsabilidade”. Recordou o Papa Francisco, onde refere que a política, na sua forma ideal, deveria ser um espaço de discussão de projetos a longo prazo para o desenvolvimento comum. Acrescenta que esse objetivo tem sido substituído por estratégias de curto prazo baseadas em estratégias marketing medidas pela capacidade de desacreditar e em táticas de destruição do outro. “As pessoas são meras peças que apenas servem de instrumentos para atingir fins e que se descartam quando já não trazem vantagens. A destruição do outro acontece ainda quando as pessoas, mesmo que professem a mesma matriz político-partidária, são por vezes vistas como alvos a abater, olhadas como inimigas para serem chacinadas e para que não façam ou, venham mais tarde, a fazer sombra. Para consumar estes ataques pessoais, numa tentativa de destruição de persecução de um ato de assassinato de carácter, não se hesita a recorrer a qualquer meio, por mais escabroso que seja, desde denúncias anónimas na maior parte das vezes falsas ou deturpadas, passando pelas fake news”, disse.

Com as plataformas online, “a disseminação de notícias falsas tornou-se uma ameaça significativa para a nossa sociedade. Este é um fenómeno crescente e que resulta de numa desinformação intencional. Com a proliferação das redes sociais e a democratização da produção do conteúdo online tornou-se mais fácil a indivíduos e grupos mal intencionados espalharem informações falsas. Torna-se importante encontrar o equilíbrio entre a liberdade de expressão e a proteção da reputação”, acrescentou.

A cerimónia foi encerrada pelo presidente da autarquia, Leopoldo Rodrigues. “Somos convocados a pensar o futuro. Queremos uma cidade e um concelho em que todos possamos continuar a ser livres, sem freios nem amarras. Mas só continuaremos a ser livres se vivermos com saúde. Por isso temos valorizado a resposta dada pela Unidade Local de saúde, em que os serviços do Hospital Distrital Amato Lusitano e pelas Unidades de saúde Familiar são complementados pelos centros de saúde. É nesse sentido que criamos condições para que se instalem unidades de saúde privadas”, disse.

À semelhança dos investimentos que a autarquia tem feito na área da saúde, o autarca falou também na educação e no seu acesso igualitário; da atração de novas empresas e de emprego bem remunerado ou de habitação digna.

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