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Castelo Branco: Município apoia aeroporto em Santarém

Lídia Barata - 05/05/2023 - 18:16

Vantagens do Magallan 500 foram apresentadas na cidade.

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Alberto Ribeiro, Leopoldo Rodrigues e Carlos Brazão

Flexibilidade, sustentabilidade, coesão são alguns dos “pontos fortes” do Magallan 500, o aeroporto projetado por um consórcio privado para a região de Santarém, que tem um investimento inicial previsto entre os mil e os 1200 milhões de euros. O projeto foi apresentado esta sexta-feira, dia 5 de maio, em Castelo Branco, pois o município albicastrense é um dos que apoia esta solução.

Apesar de estar localizado fora da atual área concessionada pelo Estado à ANA Aeroportos (um raio de 75 quilómetros a partir da Portela) e que apesar de não ser esse o propósito inicial dos seus promotores, este é um dos projetos incluído na Resolução do Conselho de Ministros 89/2022, de 29 de setembro de 2022, como uma das opções da avaliação estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, em avaliação pela Comissão Técnica Independente, apenas porque as suas vantagens foram reconhecidas aquando da sua apresentação, quer ao Primeiro-ministro, António Costa, quer ao líder da oposição, Luís Montenegro.

A apresentação foi feita por um dos mentores do Magallan 500, Carlos Brazão, e Alberto Ribeiro, do Grupo Barraqueiro, que entrou no consórcio em 2020.

Caso o projeto chegue a bom porto, poderá ter o seu primeiro voo em 2029. Podendo mesmo avançar, independentemente de ser o escolhido pelo Governo.

flexibilidade do Magallan 500 permite que seja implementado faseadamente. Para a fase inicial, precisa cinco quilómetros quadrados de terreno, onde será implementada uma pista e um terminal, com capacidade para receber 10 milhões de passageiros por ano, podendo crescer até aos 100 milhões e três pistas.

Totalmente suportado pela iniciativa privada, aproveitando as infraestruturas de mobilidade já existentes (auto estradas e ferrovia), o Magallan 500 apresenta-se como “amigo do contribuinte” e da coesão, prevendo ajudar a criar 170 mil empregos e “reverter a tendência de despovoamento do centro de Portugal, em especial do interior”.

Com o ambiente no topo das suas prioridades, estará apto a operar com todo o tipo de aeronave, incluindo os aviões elétricos e movidos a hidrogénio.

A centralidade destaca-se como uma das suas mais importantes vantagens. “O Megallan 500 fica situado entre a A1 e a Linha do Norte”, em terrenos que, caso haja luz verde do Governo para avançar, começarão a adquirir, mas que já estão identificados, numa área próxima do Município da Golegã, entre as freguesias de Casével e São Vicente do Paul, sendo necessária, para a primeira fase, uma área de cinco quilómetros quadrados. “Este aeroporto ficará a cerca de 30 minutos de Lisboa, 45 minutos de Coimbra e a pouco mais de uma hora para qualquer um dos seis municípios da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão)”, reitera Carlos Brazão. Mas a menos de uma hora do Megallan 500, na prática, ficarão mais de três milhões de portugueses, de seis distritos, oito comunidades intermunicipais e 50 sedes de município.

No caso da região de Castelo Branco, a proximidade com um aeroporto internacional, pode ser “um contributo decisivo para inverter o despovoamento e dar uma nova competitividade” que, no caso desta região raiana, “pode estender-se até ao outro lado da fronteira, à Extremadura espanhola, desde Cáceres até Salamanca”.

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