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Castelo Branco: PCP pede explicações sobre encerramentos da Caixa

Reconquista - 06/07/2018 - 16:37

O Partido Comunista Português questionou o Ministério das Finanças sobre o encerramento das agências de São Vicente da Beira e Amato Lusitano, na cidade de Castelo Branco. 

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Agência Amato Lusitano foi uma das que encerrou no final de junho. Foto José Furtado/ Reconquista

o Partido Comunista Português questionou o Ministério das Finanças sobre o encerramento das agências da Caixa Geral de Depósitos de São Vicente da Beira e Amato Lusitano, na cidade de Castelo Branco. As perguntas apresentadas no Parlamento pela deputada Paula Santos, que acompanha habitualmente os assuntos relativos ao distrito, pretendem saber se foram avaliados os impactos da decisão “na acessibilidade da população a este serviço público” e na economia local, entre outras questões.

Os pedidos de informação foram conhecidos esta semana mas deram entrada na Assembleia da República a 22 de junho, antes da data de encerramento dos dois balcões, que fecharam no final do mês.

No caso particular de São Vicente da Beira, cujo encerramento é o mais polémico, o PCP diz que esta agência bancária “presta um serviço muito importante para estas populações, nomeadamente os reformados, pois é aqui que muitos reformados levantam a sua reforma, e também para a atividade económica, em particular para as micro, pequenas e médias empresas”, pelo que o seu encerramento prejudica uma população com rendimentos baixos e uma oferta de transportes públicos insuficiente.

“O sucessivo encerramento de serviços essenciais à vida das populações, com a relevância de ser mais uma machadada no mundo rural e da promoção do seu desenvolvimento, numa atitude de manifesto desrespeito pelas mesmas, pelas suas particularidades e necessidades, é uma opção que rejeitamos”, diz Paula Santos.

Tal como o Reconquista noticiou o encerramento destas agências já motivou várias perguntas no Parlamento, apresentadas pelos deputados do PSD, PS e BE.

O PCP considera que o caso do encerramento de balcões da CGD é mais um exemplo do abandono do interior, um ano depois de os incêndios terem posto a descoberto as necessidades desta zona do país.

Os órgãos distritais do partido expressaram “a mais profunda tristeza pela falta de medidas que ajudem a desenvolver as áreas afetadas, a melhorar a vida das pessoas e a desenvolver o interior”.

As portagens na A23, o encerramento dos balcões dos CTT, de unidades de saúde, escolas e dos postos da GNR são algumas das medida que na opinião do PCP vieram “agravar ainda mais a falta de condições de vida das populações”.

O comunicado termina com um apelo aos autarcas, que “devem tudo fazer para que o interior não seja esquecido e ignorado, devem usar as suas influências para lutar junto dos responsáveis políticos pelos interesses e direitos das populações e contra a desertificação”.

COMENTÁRIOS

jmarques
à muito tempo atrás
Depois de pagarmos a "recapitalização" da caixa com os nossos impostos, a que eu chamo outra coisa, pagamos também a manutenção de conta e outras comissões, a que eu também chamo outra coisa, agora pagámos também com o encerramento dos balcões dum banco público que se recusa a prestar o serviço público.
São assim os incentivos ao desenvolvimento do interior!
Se os autarcas das zonas atingidas tiverem alguma dignidade devem cancelar/fechar as contas das respectivas autarquias dum banco que também cancelou/fechou os serviços nos seus territórios.