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Correios: Sindicato alerta para quebra de qualidade no serviço

Reconquista - 18/04/2017 - 9:57

O atraso na entrega de correio e as filas no atendimento nas estações são alguns dos problemas que o sindicato está a denunciar.

O protesto passa pela estação da Sé, em Castelo Branco. Foto arquivo Reconquista

Atrasos na distribuição de correio, filas de espera nas estações ou distribuição de correio apenas uma ou duas vezes por semana.

Estas são algumas das situações que segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e das Telecomunicações provam a degradação do serviço postal, em especial depois da privatização dos CTT em 2014.

Para chamar a atenção para os problemas e justificar que a culpa não é dos funcionários mas sim da administração, o sindicato da CGTP andou por Castelo Branco na segunda-feira para esclarecer a população.

Henrique Santos diz que a degradação do serviço depois da privatização é evidente e atinge sobretudo os grandes centros.

“Aqui no distrito onde se nota uma maior degradação do serviço é nas zonas de Castelo Branco e da Covilhã. Nós verificamos que as estações estão cheias de pessoas porque não há capacidade para atender”, disse ao Reconquista o dirigente sindical, numa ação em frente à estação de correios da Sé, a maior da cidade.

A abertura do Banco CTT, em março do ano passado, terá contribuído ainda mais para o problema.

“Ao deslocarem trabalhadores do atendimento para o banco agravou a situação do atendimento nas próprias lojas”, garante Henrique Santos.

O sindicato diz ainda que o correio não está a ser distribuído diariamente, o que prejudica sobretudo quem vive em localidades mais remotas.

A administração da empresa está a optar por não contratar novos carteiros, agenciando trabalhadores externos sem vínculo contratual com a empresa para fazerem a distribuição. “Estamos a falar de profissionais que não têm as mesmas responsabilidades dos trabalhadores da casa”, afirma Henrique Santos.

O problema afeta, por exemplo, a distribuição atempada dos vales de pensões.