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Escuteiros: CNE distinguido com Prémio do Cidadão Europeu

Ecclesia - 25/02/2021 - 15:17

Galardão do Parlamento Europeu destaca trabalho na educação e formação dos jovens para a cidadania ativa

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CNE está presente no distrito de Castelo Branco, onde tem o seu acampamento nacional. Foto arquivo

O Parlamento Europeu distinguiu o Corpo Nacional de Escutas (CNE) com o ‘Prémio do Cidadão Europeu 2020’, destacando o trabalho da organização educação e formação dos jovens para a cidadania ativa.

“Por proposta do eurodeputado José Manuel Fernandes, o Corpo Nacional de Escutas foi distinguido com o ‘Prémio do Cidadão Europeu 2020’ pelo projeto ‘Educação para a cidadania ativa, empoderamento dos jovens e desenvolvimento de competências’”, refere uma nota do CNE, enviada à Agência Ecclesia.

Este galardão visa “recompensar atividades excecionais” desempenhadas por cidadãos, grupos, associações ou organizações nos domínios da promoção de “uma maior integração dos cidadãos europeus, cooperação, reforço do espírito europeu e no âmbito dos valores consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia”.

O CNE foi um dos laureados da edição 2020, tendo sido o único candidato português a receber esta distinção.

“É um justo reconhecimento público pelo trabalho desenvolvido no escutismo com um contributo de excelência na educação e formação de jovens, com resultados inestimáveis para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, desenvolvida e sustentada nos valores europeus e humanistas”, sublinha o eurodeputado José Manuel Fernandes.

Ivo Faria, chefe nacional do CNE, fala por sua vez num “justo reconhecimento aos milhares de voluntários adultos que conseguem manter-se motivados e continuam a perseverar para que o escutismo continue”.

“Estamos muito felizes com esta distinção, que premeia, acima de tudo, os nossos Agrupamentos (grupos locais) onde a verdadeira magia do crescimento das crianças e jovens acontece. É junto das comunidades locais que eles, protagonistas principais deste amanhã, ajudam a construir já hoje”, acrescenta.

O CNE assinala, no comunicado de anúncio do prémio europeu, que “procura desenvolver o sentido de cidadania ativa nas crianças e nos jovens, baseado na sua participação no desenvolvimento das suas comunidades locais, construindo neles o sentido de criar um mundo melhor, a partir da sua ação local”.

A nota destaca o método escutista, que assenta na “auto-educação progressiva”, que permite aos jovens “tomar parte nas decisões que afetam o dia-a-dia, de milhares de atividades, dos grupos locais, regionais e nacional, definindo assim a vida da associação”.

 

O CNE, fundado em 1923, tem cerca de 72 mil associados, espalhados por todo o país, com aproximadamente 1030 grupos locais; apresenta-se como a maior associação de juventude de Portugal e conta com mais de 14 mil voluntários.

A cerimónia de entrega do ‘Prémio do Cidadão Europeu 2020’ vai decorrer em novembro de 2021, com a presença de todos os laureados da União Europeia.

O prémio assume a forma de uma insígnia honorífica ou, no caso de distinções de natureza coletiva, de uma medalha ou placa.

A atribuição deste prémio foi também saudada pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, concelho onde se encontra o Campo Nacional de Atividades Escutistas, por onde passaram milhares de escuteiros nos acampamentos nacionais realizados em 2007, 2012 e 2017, estando o próximo previsto para 2022.

O município liderado por Armindo Jacinto realça a aposta “na dinamização do movimento escutista, numa parceria frutuosa que permitiu receber no Campo Nacional de Atividades Escutistas, no Monte Trigo, os três últimos grandes encontros da família escutista”, recordando os 22 mil escuteiros que passaram por lá na última edição.

“Por feliz coincidência, a atribuição do Prémio do Cidadão Europeu ao CNE, referente ao ano de 2020, ocorre no ano em que Agrupamento 326 de Idanha-a-Nova assinalou 50 anos de atividade. O Agrupamento 326 de Idanha-a-Nova é, também ele, exemplo de educação para a cidadania, em prol da formação integral das crianças e jovens Idanhenses como cidadãos ativos, solidários e participativos nas suas comunidades”, escreve em comunicado.

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