Antiga funcionária diz que é preciso repor a verdade
ESGIN
Idanha foi teu berço,
Idanha te viu crescer,
Idanha sempre será teu abrigo, tua força, teu lar,
Sempre serás Idanhense,
Porque aqui se plantou, aqui cresceu e se fortificou a tua raiz.
Exmo. Sr. presidente Luís Correia
Já o disse várias vezes e repito: Sou orgulhosamente Beirã porque na Beira Baixa se integra Idanha-a-Nova; Orgulhosamente Albicastrense/Idanhense porque no Distrito de Castelo Branco se integra Idanha-a-Nova.
Rejubilei com a eleição do Presidente Albicastrense, rejubilei com a eleição do Presidente Idanhense, como rejubilei nas Legislativas com os resultados alcançados no Distrito, por entender que o desenvolvimento de cada concelho, contribui para o desenvolvimento de todo o Distrito.
Concluo agora, na sequência das suas tomadas de posição no que a Idanha diz respeito, que tenho andado enganada... Afinal para si, Sr. Presidente, Distrito é apenas o "umbigo" da Cidade, que parece julgar ser só sua, mas que em boa verdade é também minha e de quantos habitam os diversos concelhos do Distrito. Ou então Idanha-a-Nova estará a ser banida do Distrito. Estranho, aliás, que o Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova não tenha sido eleito como membro cooptado do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco, ao contrário do Sr. e do seu Vice-Presidente. Afinal, o IPCB tem escolas em Castelo Branco e Idanha-a-Nova!
Garanto-lhe, Sr. Presidente, que eu, tal como qualquer um dos munícipes de Idanha-a-Nova ou de qualquer outro Concelho do Distrito, somos tão albicastrenses quanto o Senhor. A menos que pretenda e se julgue investido de poderes, para também alterar a abrangência territorial do Distrito de Castelo Branco, reduzindo-o ao concelho de Castelo Branco.
Diz o Sr. Presidente: “Ao contrário do que os leitores menos conhecedores destes assuntos podem ser induzidos a pensar e ao contrário do que o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova pretende levar a concluir, a reorganização proposta pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco NÃO EXTINGUE o Ensino Superior em Idanha-a-Nova. Pelo contrário, propõe o seu reforço”.
Sim, os leitores podem estar a léguas de distância dos seus conhecimentos…mas não são burros.
Como pode ser reforçada uma Escola criada por Decreto-Lei, que expressamente indica ter a sua sede em Idanha-a-Nova, e que agora se muda de Idanha para Castelo Branco, ao mesmo tempo que se lhe retira a autonomia administrativa, científica e pedagógica?
Não, não vai ser reforçada, o que defende é a criação de um simples Polo em Idanha-a-Nova, de uma qualquer Escola, a criar com sede em Castelo Branco; tal Polo, deixaria de ser a ESGIN, uma Escola Autónoma, criada pelo Decreto-Lei 153/97, de 20 de junho, promulgado pelo então Primeiro-Ministro António Guterres.
Na minha boa relação com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, de que já fui Deputada Municipal, e enquanto interessada pela Escola que muito ajudei a criar, solicitei informações sobre o tão falado estudo de Reorganização Científica e Pedagógica do IPCB, e foram-me dadas.
Assim, o reforço que apregoa defender com a nova Escola a criar, no cenário defendido no Conselho Geral pelo Presidente do IPCB, esta tem sede em Castelo Branco, nas atuais instalações da Escola Superior de Educação e junta os alunos do curso de Informática aos alunos da ESGIN. Ou seja, repito, o hipotético reforço que defende para a ESGIN é na realidade e concretamente a perda da sua Autonomia, para depender da nova Escola sediada em Castelo Branco.
Se realmente defende o reforço do IPCB em Idanha-a-Nova, então proponha e defenda Publicamente, de forma clara e sem rodeios, que a sede desta Escola a criar, fique em Idanha-a-Nova, com Autonomia Administrativa, Científica e Pedagógica. Aí sim, o Sr. Presidente da Câmara de Castelo Branco estaria a cumprir o seu papel de líder Regional, a defender o reforço do Desenvolvimento do Ensino Superior na Beira Baixa, de cujo Distrito, Castelo Branco é a Capital.
Ou então, se pretender defender, como diz defender, a manutenção da ESGIN, em Idanha-a-Nova, quando diz que a reorganização pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco NÃO EXTINGUE o Ensino Superior em Idanha-a-Nova, proponha e defenda Publicamente, de uma forma clara e sem rodeios, o cenário de reorganização do IPCB que propõe a manutenção da ESGIN, como ela é atualmente, em Idanha-a-Nova.
Estes cenários, sim, Sr. Presidente da Câmara de Castelo Branco, em nada prejudicam o bom funcionamento do IPCB, como muito bem sabe, porque tem o estudo da Reorganização nas suas mãos. Muito pelo contrário: manter a sede da ESGIN em Idanha-a-Nova e a sede das outras Escolas e infraestruturas atuais em Castelo Branco, garante a estabilidade que pretende o Sr. Presidente do IPCB.
Assim, Idanha-a-Nova e os Idanhenses ficarão satisfeitos com a manutenção da sede da Escola Superior de Gestão, e consequente Autonomia Administrativa, Científica e Pedagógica neste concelho e Castelo Branco manterá as atuais estruturas de Ensino Superior Público no seu concelho, sem nada perder.
Ou então, Sr. Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, se advoga, conjuntamente com o Presidente do IPCB, que em Idanha se devem manter apenas os cursos a funcionar como Pólo, tal, é a crónica anunciada para fechar de seguida o Ensino Superior em Idanha, porque o RJES (Regulamento Jurídico do Ensino Superior), não prevê a existência de cursos a funcionar, fora da Sede da Escola, o que já se verificou anteriormente quando os cursos de Turismo da ESGIN, que em tempos funcionaram no Fundão, tiveram de encerrar ali, por imposição do então Ministro da Tutela.
Por isso, Sr. Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, não vale a pena baralhar as ideias, convencido de que tapa o sol com a peneira.
Uma muito orgulhosa Albicastrense/Idanhense
A reorganização do Politécnico de Castelo Branco ainda faz correr muita tinta. Idanha-a-Nova vai dar luta à tentativa de retirada de autonomia à ESGIN.
No exercício do Direito de Resposta, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco defende-se das acusações do autarca de Idanha-a-Nova e acusa-o de "patetice monumental".
Isto só por si, deixa adivinhar a intenção de excluir a ESGIN do IPCB.