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Floresta: Castelo Branco é dos distritos com mais incumprimentos

Reconquista - 24/04/2024 - 11:30

Contudo, ano de 2023 foi o que registou o menor número de incêndios rurais (menos 46%) e o terceiro valor mais reduzido de área ardida (menos 72%).

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Limpezas devem ser feitas até final do mês de abril

O ano de 2023 foi o ano que registou o menor número de incêndios rurais (menos 46 por cento) e o terceiro valor mais reduzido de área ardida (menos 72 por cento). Foi também um ano ímpar, com zero vítimas mortais resultantes de incêndios, espelhando um dos principais objetivos do sistema, que é a salvaguarda e proteção das vidas humanas. A tendência de redução de vítimas deste 2017 prova a maior consciencialização dos portugueses sobre esta temática dos incêndios.

Os dados são avançados pela GNR, que é uma das entidades que intervém transversalmente no Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), destacando-se pela sua relevância nos processos de “prevenção, pré-supressão, supressão e socorro e no pós-evento com a investigação das causas, empenhando militares e guardas florestais da estrutura do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente e da Unidade de Emergência Proteção e Socorro”.

Ainda que se tenham verificado melhorias na consciencialização e mudança de comportamentos por parte da população, continua a haver registo de contraordenações por falta de limpeza de terrenos florestais, queimas e queimadas. No que diz respeito aos quantitativos por distrito, quanto ao número de sinalizações/sensibilizações prévias por falta de limpeza de terrenos florestais, entre o ano de 2019 e 14 de abril de 2024, a GNR registou, em Castelo Branco, 1751 casos por falta de limpeza em 2019, valor que se traduziu em 2644 em 2020, 1522 em 2021, 539 em 2022, 694 em 2023 e 703 até 14 de abril deste ano. Castelo Branco é o segundo distrito, depois de Santarém, onde se verificaram maior número de incumprimentos, entre 2019 e 2023.

Por incumprimento da gestão de combustível dos terrenos, a GNR registou em 2019 6866 situações, número que reduziu para 4710 em 2020, 3176 em 2021, 2271 em 2022 e 2577 em 2023. A GNR registou ainda 201 queimas em 2019, 1245 em 2020, 1136 em 2021, 362 em 2022, 475 em 2023 e 28 té 14 de abril deste ano. Quanto às queimadas foram 700 em 2019, 193 em 2020, 260 em 2021, 123 em 2022, 83 em2023 e 11 até 14 de abril.

A limpeza dos terrenos deve ser feita até final do mês, pois o período estabelecido para a fiscalização da gestão de combustível inicia-se este ano a 1 de maio.

A GNR continua a sensibilizar a população, “elucidando e alertando para a necessária mudança de comportamentos e de consciências” tendo, entre 2019 e 2023, realizado 35097 ações de sensibilização e alcançando assim 428389 pessoas em todo o país.

No período entre 2019 e 14 de abril de 2024, a GNR avança que foram identificadas 4831 pessoas e detidos 404 suspeitos, por incêndio florestal.

“Sabendo que só as queimas e queimadas contribuem com mais de 35 por cento das ocorrências de incêndio nos últimos anos, devemos todos fazer um esforço para que a redução do combustível se possa realizar com recurso a outros métodos alternativos, como é exemplo a incorporação no solo e a produção de biomassa, reduzindo-se assim o risco de gerar ocorrências”, sugere a GNR, recordando que “a realização de queimadas, de queima de amontoados e de fogueiras é interdita sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural ‘muito elevado’ ou ‘máximo’, estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos”.

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