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Amália 100 anos: Fadista foi batizada no Fundão e paróquia revela documento

José Furtado - 23/07/2020 - 18:42

Paróquia onde foi batizada há 99 anos assinalou a data com um programa de rádio

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Assento do Batismo de Amália Rodrigues. Foto Ecclesia/ DR

É com certeza um dos documentos mais preciosos do arquivo da paróquia do Fundão. A seis de julho de 1921 o pároco de então celebrava o batismo da filha de Albertino Rodrigues e Lucinda da Piedade. O casal escolheu chamar Amália à menina que tinha nascido um ano antes longe da terra de origem dos pais. O assento de batismo, que não é inédito, voltou à luz do dia agora que se celebram os 100 anos do nascimento da diva do fado.

Hélder Lopes, o atual pároco do Fundão, recuperou o documento numa das últimas edições do programa “Estrela da Manhã”, que todas as semanas é emitido pela Rádio Cova da Beira e com o qual o Reconquista colabora.

“O trabalho tinha sido feito há alguns anos pelo meu antecessor por isso para muita gente não era uma novidade. Mas para mim sim”, confessa ao telefone. Depois desta emissão, que foi dedicada inteiramente a Amália, foi abordado por várias pessoas, incluindo dois familiares da fadista “uma das quais herdou uma parte do seu espólio”.

O assento de batismo de há 99 anos é claro.“Não há dúvidas que o batizado foi no Fundão e que a família era natural da nossa região. O pai era de Castelo Branco e a mãe era daqui da região do Fundão”. A família residia na cidade mas quis o acaso que Amália tivesse nascido na capital.

“Apesar de desejar muito que ela tivesse nascido no Fundão o registo de batismo diz que ela nasceu na freguesia da Pena, em Lisboa”. Mas o documento relata que um ano depois do nascimento “os pais viviam aqui na paróquia do Fundão”.

Este momento da vida de Amália é possível de descortinar graças a um arquivo paroquial que está bem preservado e na última década tem vindo a ser digitalizado. Mas a paróquia não deixou de fazer registos em formato de papel.

“Os processos continuam a ser arquivados em papel e é enviado todos os anos uma cópia para o arquivo diocesano da Guarda”, explica o padre Hélder Lopes. Os assentos eram na época mais rigorosos que hoje, que por razões de proteção de dados estão agora mais despidos de detalhe. Antigamente incluíam a profissão da família próxima “o que nos dá uma imagem social muito interessante daquela época”.

O Fundão assinalou o centenário do nascimento da fadista com a inauguração de um mural de grandes dimensões e o lançamento de um livro editado pelo Jornal do Fundão.

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