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Idanha: Plataforma recomenda alternativas ao glifosato

Reconquista - 04/10/2023 - 18:27

Transgénicos Fora enviou um conjunto de recomendações à Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova.

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Mensagem seguiu para a assembleia municipal. Foto arquivo Reconquista

A Plataforma Transgénicos Fora enviou um conjunto de recomendações à Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova e ofereceu o seu apoio aos decisores políticos daquele município depois de um estudo europeu ter encontrado concentrações elevadas do pesticida glifosato numa propriedade no concelho. A informação é avançada pela Quercus de Castelo Branco, que faz parte desta plataforma e que considera que as notícias geradas pelo estudo romperam a “naturalidade com que é tratado pelo poder político e pelas instituições competentes”.

A organização reconhece o empenho do município em identificar e resolver este “grave problema”, lembrando a adesão ao manifesto da campanha “Autarquias sem Glifosato” lançada pela Quercus. Para a plataforma é possível “transitar para modos de produção agrícolas que protejam os recursos naturais e só assim podemos resolver os graves problemas ambientais que ameaçam o sustento das novas gerações. Esse processo requer cooperação e foi nesse sentido que este email foi enviado e é agora tornado público”.

Entre as recomendações estão o alargamento das substâncias analisadas, a recolha de água superficial em charcas, ribeiras e rios a jusante de amendoais e olivais superintensivos e até a época do ano em que devem ser feitas. As amostras, sugere a plataforma, devem ser entregues a laboratórios com acreditação ao glifosato e ao ácido aminometilfosfónico, que resulta da degradação do pesticida. “Em Portugal, tanto quanto sabemos, não há nenhum laboratório acreditado”, escreve.

A plataforma faz também um apelo aos agricultores para que adotem outras medidas de controlo das ervas que não impliquem o uso de pesticidas e que façam uso dos apoios para premiar práticas agrícolas amigas do ambiente e das pessoas, lamentando que “não parece ser isso o que está a acontecer”. Diz também que os amendoais e os olivais recentemente instalados “estão a ser feitos de uma forma que dificulta a conversão para agricultura biológica, não só pela alta densidade de plantação (superintensivo) mas também pela plantação em camalhão alto que limita o crescimento da raiz da árvore e que dificulta o controlo mecânico das ervas infestantes na linha”.

COMENTÁRIOS

JMarques
No ano passado
Só conversa fiada, só trabalham para a imagem.
"charcas, ribeiras e rios a jusante de amendoais e olivais superintensivos".