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Ideias e factos: A coesão territorial

Agostinho Dias - 21/04/2022 - 9:22

O país continua a crescer cada vez mais nas regiões metropolitana de Lisboa e Porto à custa do resto do país. Este facto levou mesmo os autarcas da zona centro que vai de Coimbra à fronteira com a Espanha a reunirem-se, para refletirem este modo de desenvolvimento do país. A água está aqui, mas nós pagamos a água mais cara do país; temos menos resíduos do que as Câmaras destas duas metrópoles, mas pagamos mais pelos resíduos que temos; é difícil construir aqui vias com perfil de autoestrada, mas nos grandes centros há sempre dinheiro para a construção de novas vias; os meios de transporte público gratuitos ainda cá não chegaram, etc., etc.. estas e outras críticas ouviram-se nesta reunião que reuniu 20 autarcas do centro do país e que prometem continuar unidos na defesa da coesão territorial, através das comunidades intermunicipais a que pertencem.
O motivo próximo desta discussão provem do Plano de Recuperação e Resiliência lançado pela U.E. e no qual o interior está a ser preterido em relação aos grandes centros. Não é com duas secretárias de Estado, uma em Castelo Branco e outra em Bragança que se faz a coesão territorial. As autarquias têm de ser chamadas a este trabalho, têm uma palavra a dizer e têm exigências a pôr ao poder central. Não podem servir apenas para organizar o ensino e a saúde nos seus territórios, sem que para elas sejas transferidas as verbas suficientes, mas têm uma palavra a dizer no modo como as verbas do P.R.R. estão a ser atribuídas. É por isso que prometem elaborar um documento para ser debatido no Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e enviado ao Governo.

 

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