Segundo o Eurostat um em cada quatro bebés nascidos em Portugal no ano de 2022 eram de mães estrangeiras, o que dá uma percentagem de 24% em relação à natalidade daquele ano. Na verdade os residentes em Portugal com nacionalidade estrangeira, representam 11,6% da população. Se formos às crianças das nossas escolas do pré-escolar e 1.º ciclo, encontramos já uma grande diversidade de línguas, o que torna difícil a aprendizagem destes alunos que não entendem o português. Os seus pais exercem uma grande variedade de profissões e serviços no nosso país. Por exemplo, só no Serviço Nacional de Saúde 2400 médicos e enfermeiros são estrangeiros, assim como 1312 assistentes operacionais. Também na agricultura muito do trabalho é feito por trabalhadores estrangeiros, sobretudo no Alentejo. De um modo geral a convivência dos portugueses com estes estrangeiros é pacífica, e por exemplo na agricultura, se há abusos é por parte dos portugueses que eles são praticados. As nossas terras beirãs, sobretudo fora das localidades, têm muitos destes estrangeiros das mais diversas nacionalidades a morar entre nós, e muitos deles em teletrabalho para os seus países. Dizem que nos procuram pelo nosso clima, pela vida mais barata e até pela simpatia dos portugueses. Aparecem os seus filhos em qualquer escola de aldeia onde haja primária ou pré-primária.
Diz o Papa Francisco no nº. 129 da Fratelli Tutti: “quando o próximo é uma pessoa migrante, sobrevêm desafios complexos. O ideal seria, sem dúvida, tornar desnecessárias as migrações e, para isso, o caminho é criar reais possibilidades de viver e crescer nos países de origem… Mas enquanto não houve sérios progressos nesta linha, é nosso dever respeitar o direito que tem o ser humano de encontrar um lugar… onde posse realizar-se plenamente como pessoa. Os nossos esforços podem resumir-se em quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar”.
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