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Ideias e Factos: Água, ar e alimentos

Agostinho Dias - 10/08/2017 - 10:16

Precisamos de água, alimentos e ar para podermos viver; são as nossas necessidades primárias. Acontece que no dia 1 de agosto, em Portugal, já acabámos o que tínhamos na nossa dispensa para gastar ao longo de todo este ano. A partir daqui, vivemos do que pertenceria a outros, ou do que a natureza tinha reservado para o próximo ano. Países houve que esgotaram estes bens logo em Fevereiro ou Março. E isto acontece porque somos perdulários no consumo e conservação destes bens.
Desperdiçamos muita água nas regas que alguns já fazem gota-a-gota, desperdiçamos água nos banhos e lavagens que poderia ser reutilizado na sanita, ou até em regas. Esquecemos quem vive com 1 litro de água de qualidade dúbia por dia e por isso morre de cólera; quase mil crianças morrem por dia, por doenças ligadas à água. Só quando se fala em seca, como acontece agora, é que se começa a pensar no que nos poderá acontecer a nós.
Consumimos demasiada proteína animal (carne e peixe) e poucos legumes e frutas. Há demasiados obesos e doentes por causa da má alimentação, enquanto outros morrem por falta de proteínas. Estragamos demasiado o ar que respiramos, carregando-o de monóxido de carbono com o uso excessivo dos hidro-carbonetos. Com os incêndios, matamos as árvores verdes que são o laboratório natural de purificação do ar. Quantas vezes dizemos que o ar é irrespirável.
O papa Francisco na laudato si escreve: “a água potável e limpa representa uma questão de importância primária, porque é indispensável para a vida humana e para sustentar os ecossistemas terrestres e aquáticos”. Foi por isso que no Vaticano foi desligado o sistema hídrico de todas as fontes luminosas, na sequência de seca que atinge a cidade de Roma. Os antigos diziam que “quem não poupa água e lenha, não poupa nada que tenha”.

 

 

 

 

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