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Ideias e Factos: Crise na banca

Agostinho Dias - 23/06/2016 - 11:23

Segundo os dados do Banco de Portugal, no final do mês de fevereiro, os bancos portugueses tinham 17.984 milhões de euros em crédito mal parado.

São mais de 275 milhões do que em janeiro e a tendência é para ir aumentando de mês para mês.

Deste montante, 12.909 milhões de euros tinham sido emprestados a empresas, e 5.075 milhões a particulares, dos quais a maior parcela, 2.543 milhões foram para crédito à habitação.

O malparado das empresas representava 15,91% de todo o dinheiro que lhes tinha sido emprestado (81.115 milhões), e o malparado dos particulares representava 4,27% dos empréstimos totais (118.821 milhões).

Pelos números, concluímos que os principais faltosos perante a banca são as empresas, embora os particulares sejam os maiores clientes.

Quando olhamos à nossa volta e vemos tantas empresas fictícias, com nomes esquisitos que nem sabemos bem onde se situam e para que servem, é natural que haja este resultado. Penso que os bancos deveriam ser mais cautelosos a exigirem garantias a estas empresas, antes de lhes emprestar o dinheiro.

O problema é quando os seus donos são compadres dos gerentes dos bancos…

Diante disto não nos admiramos nada, quando hoje se fala da necessidade de recapitalizar alguns dos nossos bancos, e mais uma vez com o dinheiro dos contribuintes.

Seria bom dar a conhecer quem são os caloteiros através de comissões de inquéritos.

Seria, contudo melhor, pôr regras mais exigentes à banca que continua a oferecer crédito sem grandes exigências.

Qualquer dia o país está cheio de bancos maus que só têm cobranças difíceis para vender.

 

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