Ninguém esperaria que com maioria absoluta no parlamento o Estado estivesse a passar por situações tão difíceis e em tantos setores. É a saúde, é a educação, são os transportes, é a justiça, todos com problemas graves a prejudicarem muitas pessoas. Na saúde são bem conhecidas a falta de urgências, por carência de profissionais, em muitos hospitais de Serviço Nacional de Saúde. Isto já obrigou à publicação de um Novo Estatuto do S.N.S., mas temo que isso não resolva a falta de profissionais; o sistema dos “tarefeiros” nunca poderá funcionar… Na Educação é a falta de professores que já se faz notar e que deixa milhares de alunos sem aulas. O Estado emprega neste ano 741.288 trabalhadores, o número mais alto em 17 anos, porém , dentro de 2 anos, 26.000 funcionários públicos, muitos deles professores, atingem a idade da reforma, o que quer dizer que a situação tende a piorar e não a melhorar. Nos transportes é caótico o que se passa nos aeroportos com voos cancelados, malas perdidas, gente a barafustar. Mas a situação com as greves no metro, nos comboios e nos barcos do Tejo, também não cria um ambiente nada melhor. A justiça não sabe o que fazer aos mega processos, há desentendimentos entre juízes, problemas que se arrastam… isso não augura nada de bom.
Afinal, “quem pensava que iriam ser rosas, num governo de maioria absoluta, os espinhos são mais do que os desejáveis já e num futuro próximo” diz um comentador português. A CGTP começa cada vez com mais manifestações e greves. As empresas públicas e o Estado “desresponsabilizam-se” e deixam os sindicatos e trabalhadores como os maus da fita. Os partidos de esquerda dizem que não é bem assim e apontam o dedo ao Estado que também aqui terá de tomar posição. São muitos os problemas e difíceis de solução…
A ver vamos onde isto vai dar…
Agostinho Dias
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