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Ideias & Factos: Maioria absoluta do PS

Agostinho Dias - 03/02/2022 - 10:33


O mapa de Portugal continental ficou pintado de cor-de-rosa com maioria absoluta do Partido Socialista nas eleições legislativas de 30 de janeiro; esperamos que absoluto não signifique absolutismo como referiu António Costa no seu discurso de vitória.
Vários fatores contribuíram para esta maioria. O primeiro foi a grande derrota do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista que pela 1.ª vez não conseguiram sequer assegurar todos os votos das suas habituais clientelas mais fiéis, e houve transferências para o partido rosa. Muitos acharam que foram eles os culpados da crise ao não assegurar a aprovação do orçamento e a vingança deu-se deste modo. O segundo foi uma estratégia errada da direita que tirou votos ao PSD e ao CDS em favor do Chega e da Iniciativa Liberal. O CDS desapareceu mesmo do nosso Parlamento, o que acontece pela primeira vez desde que estamos em democracia. O Chega e a Iniciativa Liberal passam a ser a 3.ª e 4.ª força política.
A nível do distrito de Castelo Branco o PS venceu todos os concelhos, exceto em Oleiros e Vila de Rei, onde venceu o P.S.D. mantendo os três deputados no Parlamento; a única surpresa foi a vitória do PS na Sertã, terra da Cláudia André, que foi eleita pelo PSD. Continua pois tudo como dantes com três deputados socialistas e um Social Democrata.
O grande perigo que corremos é o do absolutismo da maioria impondo à vontade os seus ideais políticos apoiado pelo Parlamento, e sem ouvir as outras forças partidárias. Caberá sobretudo ao Presidente da República fazer a vigilância para que isto não aconteça e manter o diálogo entre todas.

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