Em 2021 que está a terminar o mundo foi marcado por três catástrofes de tipo praticamente universal. A primeira foi a guerra que provocou milhões de refugiados a morrer pelo caminho, ou a definhar às portas da Europa, ou da América. A segunda foi a pandemia do covid-19 que já provocou milhões de mortos e doentes com sequelas para a sua vida. A terceira foi a fome que aumentou o número de refugiados e de mortos, apesar de todas as ajudas humanitárias.
Em tempo de Natal é bom perguntarmo-nos se o Menino Jesus cujo nascimento celebramos não nos podia ajudar a curar estes males da humanidade. Para nós os crentes, Ele é Deus que vem habitar no meio de nós para nos indicar o caminho para superar os nossos males. Aos que fazem a guerra (construtores e traficantes de armas, os que espalham a ideologia do ódio, os que praticam essa ideologia), Ele vem anunciar o respeito e o amor a cada ser humano para a construção de um mundo de paz. Aos que pelas vacinas lutam contra a pandemia Ele anuncia que ou nos salvamos todos, ou morremos muitos em todos os lados. Para isso é necessário que essas vacinas cheguem ao mesmo tempo a todo o mundo para serem eficazes e não permitirem o aparecimento de novas variantes. Isto só é possível com todos os laboratórios a produzirem vacinas, sem estarem preocupados com as patentes das mesmas. Finalmente o problema da fome só desaparece quando houver no mundo uma verdadeira partilha de bens sem açambarcadores, com uma agricultura adaptada a cada terra e a cada clima, e com uma efetiva distribuição de bens alimentares. Este é o caminho da humanidade que o Natal nos traz. Desejamos a todos os nossos leitores, assinantes, anunciantes um bom Natal baseado nestes princípios.
Agostinho Dias
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