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Ideias e Factos: Orçamento aprovado

Agostinho Dias - 03/03/2016 - 9:05

São bandeiras do orçamento do governo de António Costa, já aprovado, o aumento do salário mínimo, a atualização das pensões, a redução gradual da sobretaxa de IRS à sua extinção em 2017, e reversão de privatização nos transportes e as reformas no ensino, na fiscalidade e na saúde, mesmo ao arrepio dos pareceres técnicos do Conselho Nacional de Educação e do Conselho Nacional de Finanças Públicas.

Uma vez que estas bandeiras sobem a despesa, o orçamento teve de subir os impostos indiretos, sobretudo em setores ligados ao automóvel, à banca, ao tabaco. Parece mesmo que os automobilistas são a vaca leiteira deste orçamento, com subida de impostos nos combustíveis, no imposto de circulação e de aquisição, nas vistorias, etc. Há mesmo quem diga que o orçamento é amigo de quem não tem cartões bancários, não bebe álcool, não tem automóvel, não fuma, não tem casa própria, nem pensa comprá-la. Sobretudo quem tem automóvel paga que se farta, a não ser que viaje nos tais automóveis de serviço, com motorista e tudo; como é norma dos membros do governo.

Com o dinheiro que sobrar destes aumentos, de salvar os bancos falidos, de pagar as subvenções vitalícias dos políticos, e de tapar os mais diversos buracos financeiros, o Sr. Primeiro Ministro promete “programas e executa grandes obras públicas para eliminar decisões mal fundamentadas e alteradas ao sabor das vicissitudes governativas”, prometendo deste modo criar novos empregos que dinamizem a nossa economia… Promete mesmo a criação de um Conselho Superior de Obras Públicas que emitirá “parecer obrigatório sobre programas de investimento e projetos de grande relevância”. Penso que isto só será possível se vierem as tais medidas que estão em segredo e que foram exigidas por Bruxelas, pois não estou a ver que os impostos indiretos que foram criados deem para tanto.

O nosso problema é que para governar 10 milhões de portugueses são necessários dez mil cargos políticos; na cidade de Paris, para governar 12 milhões de francesas, bastam dois mil cargos políticos…

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