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Ideias e Factos: Os votos dos emigrantes

Agostinho Dias - 10/03/2022 - 10:28

As eleições para o Parlamento foram em Portugal a 30 de janeiro de 2022, mas na emigração ainda estão por realizar, ou por outra, foram realizadas, mas os nossos políticos encarregam-se de as tornar nulas pelos motivos que todos bem conhecemos. O Tribunal Constitucional mandou repeti-las porque não se compreendia de modo nenhum a exclusão de tantos milhares de portugueses do acto eleitoral anulando os seus votos. Estamos sem Assembleia da República há mais de dois meses. O que é certo é que o país está a funcionar com todos os outros órgãos eleitos democraticamente e muita gente nem tem dado pela falta das discussões do parlamento. Quererá isto dizer que o país passa bem sem ele, ou pelo menos apenas com metade dos deputados que agora tem? Pelo menos aliviariam em muito o erário público, se assim acontecesse…
O que aconteceu foi uma enorme falta de respeito pelos nossos emigrantes que foram forçados a sair do país à procura de melhores condições de vida que aqui poderiam ter. Já não nos bastava ver os lesados do BES, do BANIF, ou do BPN, muitos deles emigrantes roubados pelos nossos banqueiros e ainda não ressarcidos do roubo, e vem agora o roubo dos votos que foram anulados por malícia dos nossos líderes políticos, no dizer de Rui Rio. Só foram 157 mil votos para o “galheto”. Os líderes parlamentares borraram a escrita e não merecem o lugar que têm ou o dinheiro que ganham. Não podemos brincar com a democracia deste modo. O país não pode ficar meio ano à espera de um novo orçamento por falta de quem o aprove.

Agostinho Dias
agostinho.dias@reconquista.pt

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