Embora não acredite que a bola de cristal adivinha o futuro, atrevo-me a fazer algumas previsões para o ano de 2024 que agora começa. Haverá subidas nos rendimentos e nas despesas dos portugueses. O salário mínimo sobe de 760 para 820€; a função pública tem aumento de 52 euros; as pensões sobem entre 5 e 6%, e o subsídio de desemprego 33%. O abono de família sobe entre 22 e 122 euros conforme os casos, o complemento solidário para idosos sobre 62,45€. O IRS também tem alterações nos escalões de modo a beneficiar os contribuintes. A habitação terá cortes nas taxas de juro na 2.ª metade do ano, o preço das casas vai abrandar, mas as rendas continuam a bater no teto.
Nas despesas vão aumentar as telecomunicações, apesar da ANACOM ter pedido a “devida contenção”. A eletricidade sobre 3,7% no mercado regulado. Desaparece o IVA 0 e passa para 6%. O pão vai ficar mais caro, o azeite subiu 70% e vai continuar a subida, assim como a fruta e os legumes. No tabaco os impostos carregam no preço. Bebidas alcoólicas e refrigerantes sobem 10%. As embalagens de alumínio para o take-away passam a pagar 30 cêntimos, e os sacos de plástico 4. Nos transportes os passes continuam congelados, mas os bilhetes de comboio aumentam 6%, e as tarifas dos táxis 4,6%. As portagens aumentam 2%, mas na A23 desce 30%: o imposto sobre veículos e o IUC aceleram a ritmos diferentes e os planos de saúde custam mais 10%.
Neste ano haverá eleições para a Assembleia da República e para o Parlamento Europeu durante o 1.º semestre. Vamos comemorar os 50 anos de 25 de abril e os 500 anos do nascimento de Camões. Esperamos que apesar destas subidas e descidas seja um bom ano para todos os leitores, colaboradores, assinantes e anunciantes do “Reconquista”.
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