O padre António Castanheira tomou posse como pároco das Comunidades Cristãs das Paróquias de São Vicente e São João Batista em Abrantes.
O padre António Castanheira tomou posse como pároco das Comunidades Cristãs das Paróquias de São Vicente e São João Batista em Abrantes sexta-feira, dia 15 de outubro, paróquias nas quais exercia, desde 15 de outubro de 2019, o múnus de administrador paroquial.
No início da celebração da Eucaristia, que teve lugar pelas 21H00, na Igreja de São Vicente, perante uma assembleia repleta de fiéis, sacerdotes, familiares e amigos, e depois da leitura do decreto de nomeação emitido pelo Bispo da Diocese Portalegre – Castelo Branco, D. Antonino Dias, datado de 6 de outubro, o padre Castanheira, fez a Profissão de Fé e pronunciou os Juramentos de Fidelidade e de Administração de Bens, sendo investido no Ofício de Pároco das duas paróquias.
Na homilia, onde invocou Santa Teresa de Jesus e o seu percurso pastoral, de há quase 32 anos, o sacerdote dirigiu-se à assembleia reconhecendo “o apreço, acompanhamento e acolhimento eclesial na missão desenvolvida com a comunidade de Abrantes ao longo destes dois anos”, num tempo, “vivido em recato e ambiente social limitado pela pandemia” onde exerceu com fidelidade o ministério sacerdotal de todas as funções de Administrador Paroquial, em razão dos recursos hierárquicos, movidos pelo reverendo cónego José da Graça, junto da Congregação do Clero na Santa Sé o qual não teve provimento.
No final da celebração, foi lida e assinada a ata de tomada de posse, pelo clero e assembleia, que acolheu e saudou com apreço o novo pároco, que irá continuar a exercer as suas funções de Ecónomo do Seminário Diocesano de Alcains e da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.
Recorde-se que o cónego José da Graça foi condenado a cinco anos de prisão, com pena suspensa, por burla qualificada, burla tributária e falsificação de documentos, num esquema que terá lesado o Estado em cerca de 200 mil euros, através do Centro Social Interparoquial de Abrantes, instituição da qual era presidente.
Na sequência deste facto, em 2019, tal como Reconquista noticiou, o bispo nomeou o padre António Castanheira para suceder nestas paróquias ao cónego José da Graça, contudo, este recorreu hierarquicamente, por não concordar com a decisão do prelado. “Em primeiro lugar, fê-lo para mim, para que eu revogasse o Decreto que o transferia de serviço na Igreja diocesana. Depois, porque tal petição não foi atendida e o referido Decreto foi confirmado, instruiu recurso hierárquico para a Congregação do Clero, em Roma”, instância onde, ficou agora esclarecido, também foi indeferido.