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IPCB: Valter Lemos recusa ser 'coveiro' da ESECB

Reconquista - 08/10/2020 - 8:00

Valter Lemos não entende o sentido de uma eleição, quando “é sabido que o Conselho Geral deliberou a extinção da ESECB".

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O diretor da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, João Serrano, convocou para sexta-feira, dia 9 de outubro, a Eleição dos Membros do Conselho Técnico-Científico (CTC) daquele estabelecimento, ato que se realizará por videoconferência, dado o atual estado pandémico provocado pelo Covid-19.

Além da indisponibilidade para comparecer, Valter Lemos deu conta a João Serrano da sua “perplexidade com a citada eleição”, posição que fez chegar aos restantes docentes da ESECB e que Reconquista também teve acesso. Perplexidade, mas também estranheza, uma vez que “é sabido que o Conselho Geral deliberou a extinção da ESECB, estando em curso o processo de revisão de estatutos que vai formalizar tal decisão. Ora, em tais condições e na total ausência de informação sobre os eventuais procedimentos, parece-me muito estranha a eleição de um CTC nos termos regulamentares atuais, como se nada estivesse a acontecer”. E acrescenta que “o eventual CTC a eleger constituirá um órgão provisório liquidatário, dado que a sua finalidade será agir no sentido da autoextinção, conforme à deliberação do Conselho Geral”.

Valter Lemos diz não compreender “que órgãos expressamente eleitos para representarem uma instituição, usem esse mandato para a extinguir, atraiçoando, da pior maneira, a representação que lhes foi conferida. E isto não é somente uma questão formal. É mesmo uma questão fundamental de ética”. Tal como não compreende que “os órgãos eleitos da ESECB, não tenham apresentado a sua demissão no preciso momento em que tiveram conhecimento da decisão de extinção da mesma. E isso é independente da posição pessoal que cada um tenha sobre tal facto. Os órgãos não são as pessoas que os compõem, nem as pessoas são os órgãos que constituem ou integram”.

Sem qualificar o processo que tem decorrido, nem tecer considerações sobre as posições pessoais, questiona “energicamente o papel de ‘coveiros’ da instituição que solenemente declararam defender”.

“Sinto vergonha alheia e recuso-me a colaborar na destruição atabalhoada de uma instituição que tem tido um papel essencial na vida de milhares de pessoas e designadamente com a colaboração ativa ou passiva de muitos que lhe devem a sua vida e identidade profissional”, reitera.

COMENTÁRIOS

jmarques
à muito tempo atrás
Está na senda dos escândalos que ultimamente têm assolado e envergonhado Castelo Branco.
Ó Castelo Branco! Ó Castelo Branco!
Mirando do cimo da serra....