Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Legislativas 24: Socialistas destacam vitória, mas...

Lídia Barata - 14/03/2024 - 8:00

SOM O distrito manteve-se “fiel” ao Partido Socialista, mas feitas as contas, perdeu 8570 eleitores e perdeu o terceiro deputado para o Chega.

Partilhar:

A celebração da sede foi pouco acalorada

O Partido Socialista teve uma noite agridoce em Castelo Branco. O distrito deu mais votos aos socialistas, mas contas feitas, o PS perdeu mais de 8500 votos e o terceiro deputado para o Chega, a surpresa anunciada da noite eleitoral.

Encerradas as contagens, Nuno Fazenda, cabeça de lista pelo distrito de Castelo Branco, deixou três breves notas aos jornalistas. A primeira nota foi para elogiar o PS e a forma como o seu secretário-geral fez campanha pelo país, “de grande proximidade, de grande dinamismo e de grande energia”, o que também se traduziu no distrito, agradecendo a todos os que nela participaram.

A segunda nota, “é para dizer de forma muito clara, com base e nos factos de que dispomos, que o PS teve uma vitória inequívoca do distrito de Castelo Branco, em que tivemos mais votos e mais mandatos. E isso é um resultado inequívoco da vitória no distrito de Castelo Branco do Partido Socialista. E desses resultados, destacar que em 11 concelhos tivemos vitórias em sete, com votações muito expressivas, com exceção de Castelo Branco, onde ainda que o PS tenha ganho não teve uma votação expressiva, em contraponto com a Covilhã onde tivemos praticamente o dobro dos votos da Aliança Democrática, onde a Covilhã ganhou em todas as freguesias”.

Como terceira e última nota, Nuno Fazenda firma que “o compromisso é, com o mandato que o povo nos conferiu e com o que nos sentimos muito honrados, é desempenhar como sempre desempenhamos as funções com toda a entrega, com todo o empenho, a puxar pelo nosso país, pelo nosso interior, pela nossa Beira Baixa e pelas causas que defendemos”.

Olhando para os resultados, o cabeça de lista socialista lamenta “a subida e a emergência do Chega. Esse é um facto que lamentamos, que esse resultado tenha acontecido, que se reflete a nível nacional e que também aqui no distrito se traduziu, com uma votação que foi muito relevante desse ponto de vista, mas que do nosso ponto de vista não é um benefício para a nossa democracia e para o nosso país e para o nosso distrito”. Admite que “todos os resultados eleitorais merecem uma reflexão e seguramente que o faremos, porque fazemos sempre, mas com uma ideia muito clara, a de que o PS foi o partido que teve mais votos e mais mandatos no distrito de Castelo Branco”.

Vítor Pereira, presidente da Federação Distrital do PS, reiterou que o “empate técnico” a que se assistiu nas televisões “felizmente não se verificou no círculo eleitoral de Castelo Branco”. No distrito “conseguimos uma vitória clara, semelhante à que costumamos ter quando não há maiorias absolutas. Que fique bem claro. Não estávamos obrigados a conquistar os lugares todos que o círculo eleitoral dispunha. O que fizemos foi escolher uma boa lista, encabeçada pelo deputado Nuno Fazenda, que com toda a galhardia a capitaneou, com gente com provas dadas na sociedade civil, nas suas atividades, na vida política e que estiveram à altura dos acontecimentos”. O líder da distrital socialista não tem dúvidas que Nuno Fazenda e Patrícia Caixinha “vão estar à altura do mandato que lhes foi conferido pelo povo”.

"Temos de saudar a quem foi eleito, pois, independentemente das nossas convicções as eleições são a festa da democracia. O povo expressa-se e diz o que quer, protestando, ou não, e elegendo de forma inequívoca quem quer eleger, como foi o caso”, sublinha, reforçando que “fundamental é que no distrito de Castelo Branco ganhámos, mantivemos o que são as tradições da Beira Baixa, do distrito e estamos com força e com vontade de continuar a trabalhar e melhorar, quanto possível os nossos resultados”.

COMENTÁRIOS