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Médicos: Ernesto Rocha termina missão na Ordem em janeiro

Lídia Barata/RCB - 07/12/2022 - 8:00

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos promoveu o Juramento de Hipócrates, sessão onde Ernesto Rocha, que vai deixar a liderança da subsecção, fez a Oração de Sapiência.

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Ernesto Rocha tem sido o rosto da Ordem no distrito nas últimas décadas

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) promoveu sábado, dia 3 de dezembro, a cerimónia de acolhimento de novos médicos, com o Juramento de Hipócrates, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, cerimónia em que os novos profissionais recebem as suas cédulas, e que contou com a presença do bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, os presidentes das secções regionais, entre outros representantes da comunidade médica e científica.

Carlos Cortes, presidente da SRCOM, foi o anfitrião destas cerimónias “de profundo significado na vida profissional dos médicos” e, no âmbito da qual, convidou o presidente do Conselho Sub-regional de Castelo Branco da Ordem dos Médicos e diretor do Serviço de Nefrologia do Hospital Amato Lusitano, da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, “serviço que é considerado uma referência ao nível das unidades hospitalares, a proferir a tradicional Oração de Sapiência. Ernesto Rocha, que tem sido um dos principais rostos da Ordem no distrito de Castelo Branco, anunciou ainda que não se recandidata ao cargo, sendo que as eleições para os diversos órgãos da Ordem dos Médicos decorrem em janeiro.

Num tempo conturbado para o setor, o bastonário considera que há motivos para ter esperança na revitalização do Serviço Nacional de Saúde (SNS). “É verdade que o SNS está neste momento num período mais crítico, mas temos motivos para ter alguma esperança, porque temos um novo ministro (Manuel Pizarro), que é médico e, para além disto, defendeu, sobretudo durante o último ano, várias posições públicas relativo àquilo que queria para a saúde, portanto, não tem desculpa para não seguir o caminho que ele próprio foi trilhando. E temos na direção executiva do SNS também um médico (Fernando Araújo)”. Mas, “há coisas que têm de acontecer já, pelo que se não forem feitas rapidamente algumas alterações estruturais, nomeadamente no que diz respeito à carreira médica e à carreira dos outros profissionais de saúde, não conseguiremos dar a volta à situação como é necessário”.

Já Carlos Cortes deixou um apelo aos novos médicos para que saibam organizar-se e sigam o exemplo de muitos que os antecederam. “Houve um tempo em que os médicos saíram dos grandes centros e foram para a periferia do país. Mas isso não foi uma construção do Estado. Foram os médicos que se organizaram e decidiram por eles levar a saúde a todos os portugueses, que não tinham condições, alguns deles em áreas geográficas, por vezes, inacessíveis, e fizeram isso em condições muito, muito, difíceis. Mas fizeram e os portugueses contaram com os médicos”.

desse exemplo conta-se o do presidente da subdelegação regional de Castelo Branco da Ordem dos Médicos, que também deixou Coimbra, muito jovem, onde poderia ter tido outra projeção, para vir exercer a sua atividade para Castelo Branco. Quanto ao atual cenário, Ernesto Rocha refere que as alterações na estrutura do SNS são já um sinal positivo, mas “já basta desde 2009 os ministros da saúde não terem sido ministros da saúde, mas sim ministros das finanças. Este ano já se proclamou o aumento do orçamento para a saúde, mas, pasme-se, ao nível a que está a ficar a inflação, provavelmente vamos ficar muito por baixo”, alerta.

COMENTÁRIOS

Maria Rita do Espírito Santo
à muito tempo atrás
Já que a notícia se refere ao Senhor Doutor Ernesto Rocha, Director dos serviços de Nefrologia do Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco, quero deixar aqui o meu testemunho sobre a eficiência, o profissionalismo e o calor humano com que os doentes são tratados, quer pelos médicos e enfermeiros, quer pelo pessoal Administrativo e auxiliar:

«Sou doente renal sujeita a diálise 4 vezes por dia .
Sou assistida no Hospital de Castelo Branco por uma médica nefrologista e por dois enfermeiros especializados em diálise peritoneal.

Conheci, quer a médica quer os dois enfermeiros, no primeiro dia de consulta, pedida pela médica de família.
Não me venham pois com padrinhos e influências porque não os tive nem os tenho.
Sou uma cidadã anónima, não tive nem tenho cargos públicos ou importantes.

No primeiro dia que visitei os serviços, fui recebida pelo Senhor diretor do Serviço de Nefrologia, Sr. Doutor Ernesto Rocha, que fez questão de me dar a conhecer os serviços e me apresentar a outros doentes que estavam a fazer hemodiálise.
Um Psicólogo, não me daria tanta segurança e não teria incutido em mim tanta confiança.
Entrei a chorar, saí serena e confiante.
Quando pela primeira vez conheci a médica e os dois enfermeiros, rapidamente se gerou entre nós uma grande empatia, que fazia parecer que já nos conhecíamos há muito tempo.
Facilmente pude perceber que estava perante profissionais competentíssimos e eficientes.
Foram-me logo fornecidos os números de telefone pessoais de cada um dos enfermeiros, e até de casa ou a qualquer hora, sei que conto com eles para resolver qualquer dúvida ou problema que venha a surgir durante a diálise. Eles mesmo têm o cuidado de me telefonar muitas vezes para saber se estou bem.

É pois meu dever, expressar a minha gratidão a toda a equipa dos Serviços de Nefrologia.
Maria Rita