Acabo de tomar conhecimento, que o Senado da Universidade da Beira Interior, numa das últimas reuniões do transato mês de maio, decidiu, por unanimidade, distinguir o poeta albicastrense, António Forte Salvado, com o nobilitante título de Doutor Honoris Causa, honraria esta que teve como seu preponente, o reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo.
Como albicastrense o dileto amigo do poeta António Salvado, não podia ficar indiferente a tão justo quão merecido reconhecimento, dado que, para além de ser justo,este galardão, adapta-se perfeitamente bem ao mais insigne poeta albicastrense, dos tempos coevos.
António Salvado é um lídimo poeta albicastrense, de uma grandeza inovadora, sem limites, um perfeito artífice da arte poética e um prestigiado modelador da língua de Luís Vaz de Camões, poeta arauto de toda a lusitanidade.
António Salvado é um poeta de imarcescível valia, do qual se pode afirmar, sem receio de se ser desmentido, que é a essência da poesia, único e incomparável no nosso país da contemporaneidade. E afirmo isto, porque fazer versos, qualquer o faz. Porém, escrever poesia, com o efeito, o alcance, a arte e a subtileza, como o pratica António Salvado, isso é que é vedado a um qualquer de nós, pois é um dom só ao alcance do seres super dotados pelo talento da musa de Racine.
É verdadeiramente surpreendente, a frescura que António Salvado coloca nas suas inspiradas estrofes, a graça, o humor e a originalidade do seu refinado estilo poético, tocado pelo dedo da musa polínia.
António Salvado consegue imprimir aos seus poemas, uma tal graciosidade e qualidade poética, que só é possível às pessoas que têm o privilégio duma transcendental inspiração e são predestinados vates. A limpidez de estilo e a força expressiva e fulgurante que desperta em eflúvios poéticos, é simplesmente magnífica e expansiva, em reverberes de alegria inspirativa e talentosa.
O interesse que desperta a já vasta e plurifacetada Obra literária de António Salvado, encontra-se bem patente no acervo da sua poesia, nas várias dezenas de ensaios literários, nas diferentes antologias que escreveu.
Os seus livros de poemas, sucedem-se ininterruptamente, com um ritmo quase pendular. O cérebro de António Salvado, está sempre em permanente atividade cultural. As edições das sua obras, ultrapassam mais duma centena. E não para a sua fulgurante faina inspirativa, a sua inesgotável e talentosa veia poética, compondo poesia que tanto deleite nos dá e tanto prazer e admiração causam a quem o lê.
António Salvado é um senhor de uma personalidade extremamente simpática. Possuidor de áticas maneiras, porte fino e trato afável, assume-se como uma pessoa tímida, retraída, qual troglodita, que gosta de viver escondido na sua caverna vivencial. Nos últimos anos tem sido vítima da sua periclitante e delicada saúde, que o tem atraiçoado e levado ao Hospital, o que se encontra bem patente na sua notória debilidade física. Todavia, este corpo franzino e aparentemente débil, encerra uma força mental e uma energia de impar estoicidade e força criadora, refletida na vivacidade transcendental, que se traduz em prodigiosa inspiração parnasiana de elevado gabarito, o que é bem notório e se encontra bem patente, na sua expressiva poesia, repleta de vivacidade que encanta e seduz.
Parabéns António Salvado, um poeta digno da nossa profunda admiração, respeito e enorme simpatia.
Rua de S. Miguel, 3
6000-181 Castelo Branco
reconquista@reconquista.pt
272 321 357 | 272 247 473*
