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Parque do Barrocal entre os oito melhores do mundo

João Carrega - 14/08/2020 - 14:45

O Parque do Barrocal está entre os oito finalistas do concurso mundial de arquitetura World Architecture News Awards. O anúncio foi feito esta semana pela organização.
 

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O projeto está entre os oito finalistas do concurso World Architecture News Awards. Foto: João Carrega

O projeto do Parque do Barrocal, em Castelo Branco, é um dos oito finalistas do prémio mundial World Architecture News Awards, na categoria Urban Landscape. O concurso decorre em Inglaterra e que reúne projetos de todo o mundo. Os vencedores serão conhecidos em novembro, através de uma cerimónia transmitida em canais digitais, de acordo com a própria organização.
Para além do Parque do Barrocal estão nesta final os seguintes projetos: Canal Park (México); He Art Museum (Hong Kong); Koge Kyst/Kose Shore (Dinamarca); Maitland Levee and Riverlink Building (Austrália); Parque Central (Espanha); Salesforce Transit Center and Park (Estados Unidos); e Sankt Kjelds Square and Bryggervangen (Dinamarca).
O Parque do Barrocal teve como arquitetos Teresa Barão, Luis Ribeiro, Catarina Viana, Elsa Calhau, André Godinho, Rita Salgado e Ana Lemos. Envolveu ainda outros especialistas casos de Olavo Dias, Sérgio Sousa & Gonçalo Santos, Bartolomeu Perestrello, Pedro Delgado e Ana Tiago & Pedro Silva e Sousa.
Teresa Barão explicou ao nosso jornal, aquando da apresentação da candidatura ao prémio, que “este é um parque especial, que sai fora das tipologias normais deste tipo de espaços. No mundo inteiro não há muitos exemplos como o Parque do Barrocal, que é uma área natural, com 40 hectares, em plena cidade”.
José Augusto Alves, presidente da Câmara, revela que a presença do “Parque do Barrocal nesta lista de finalistas vem reforçar a qualidade deste projeto e a importância deste espaço para o concelho e para a promoção de Castelo Branco”. Neste Parque a autarquia investiu cerca de um milhão de euros, num espaço que constituiu uma forte aposta do anterior autarca Luís Correia, e que ainda não tem data marcada para a sua abertura, depois do incêndio rural ali ocorrido há cerca de um mês.

PROJETO Com 30 anos de experiência, o gabinete Topiaris teve no Parque do Barrocal um dos seus grandes desafios. “Foi um projeto muito desenhado no local. Fizemos uma intervenção mínima, que procurou ser poética e que não se sobrevalorizasse ao próprio valor do Barrocal”, disse ao Reconquista a arquiteta.
“Houve o cuidado de criar plataformas para disciplinar os movimentos das pessoas, de forma a que o ecossistema do Parque não ficasse sobrecarregado”, disse Teresa Barão que sublinhou ideia de que o projeto foi feito para a “população de Castelo Branco e da região”.
No seu entender, “o Parque do Barrocal constitui uma porta de entrada para o próprio Geopark Naturtejo (sendo um dos seus geo-sítios mais emblemáticos e que integra a rede mundial da Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) por parte de público nacional e estrangeiro, como da vizinha Espanha”.
Carlos Neto de Carvalho, diretor Científico do Geopark Naturtejo - território que integra a rede mundial de geoparques classificada pela Unesco, explicou também ao Reconquista, aquando da apresentação desta candidatura ao prémio, que o Parque do Barrocal “é, até agora, o maior investimento feito na valorização do seu Património Geológico (no Geopark Naturtejo, que integra da rede mundial de geoparques da Unesco). Será uma porta aberta à cidade e uma importante atração turística natural no centro da região a partir da qual o visitante pode percorrer o resto do território”.
Recorde-se que recentemente o Parque do Barrocal foi afetado por um incêndio florestal, tendo sido consumido pelas chamas um conjunto de passadiços em madeira e uma área de vegetação, estando-se neste momento a aguardar pelos resultados da investigação sobre a origem do fogo.

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