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Leitores: Orgulhosos do que foi feito

João Patrício - 07/03/2024 - 9:48

Coube ao PS, ao longo dos últimos oito anos, dirigir os destinos do país.

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Coube ao PS, ao longo dos últimos oito anos, dirigir os destinos do país. Após quatro anos de má memória, protagonizados pelos mesmos parceiros de coligação que agora se propõem ser alternativa e regidos pela batuta da austeridade, virámos a página e mostrámos que um caminho diferente para o país é possível. Depois de derrubados os muros à esquerda, remeteram-se para o retrovisor da memória os sucessivos cortes de rendimentos e direitos laborais e sociais, o aumento do desemprego, da precariedade e de impostos ou a razia do financiamento aos serviços públicos, em nome de um equilíbrio de contas públicas e redução da dívida que não conseguiram e nunca poderiam conseguir com esta estratégia.
O legado com que o Partido Socialista se apresenta a estas eleições é, por si só, um carimbo de confiança. Em Castelo Branco, sabemos quem para aqui trouxe o Tribunal Central Administrativo, quem modernizou a linha da Beira Baixa, quem garantiu o IC31, quem apostou na habitação pública para arrendamento acessível. Mas, no país inteiro, desde 2015, e com uma pandemia, uma crise inflacionista e outras vicissitudes pelo caminho, são várias as marcas desta governação que não poderão ser esquecidas, apoucadas ou desprezadas. Os salários e as pensões foram aumentados a um ritmo sem precedentes; o desemprego diminuiu e criaram-se mais de 600 mil empregos, menos precários, mais qualificados e mais bem remunerados; o investimento em saúde aumentou, fazem-se mais consultas e cirurgias; a pobreza e o abandono escolar diminuíram; investiu-se expressivamente na habitação pública e na ferrovia; os valores das propinas e dos passes de transporte diminuíram e os manuais escolares passaram a ser distribuídos gratuitamente. Enquanto tudo isto foi alcançado, o investimento subiu, o país cresce mais e, com esta estratégia, o défice foi controlado e a dívida baixou.
Sabemos, no entanto, que muitos desafios persistem e outros necessitam de respostas mais robustas. É com humildade que as legítimas reivindicações do povo português devem ser recebidas, sempre com o objetivo de lhes dar resposta com um programa político alicerçado nos nossos valores de sempre. Olhamos para Portugal como um país inteiro, em que nenhuma região ou cidadão é esquecido, marginalizado ou abandonado. Para nós, fazemos todos parte de uma grande comunidade, que é mais que uma mera soma de indivíduos, composta por jovens e idosos, trabalhadores e empresários, privilegiados e carenciados. Defendemos que, nesta comunidade, ninguém deve viver eternamente amarrado a um qualquer rótulo de vencedor ou vencido imputado à nascença. Em vez disso, todos devem, em liberdade, poder aspirar a realizar os seus projeto de vida, o que só será possível com cuidados de saúde de qualidade para todos, formação escolar universal e gratuita, condições de trabalho dignas, rendimentos justos e redes de apoio que amparem qualquer momento de imprevisível vulnerabilidade. É com base nestas premissas e nestes valores fundacionais que o PS se propõe renovar a missão honrosa de continuar a servir Portugal com a sua governação, com um novo impulso e um novo plano de ação que permitam responder aos problemas que ainda afetam a vida das pessoas. Definimos como prioridade irrevogável - que queremos mesmo cumprir - a diversificação, sofisticação e especialização da nossa economia. Só assim será possível atrair mais investimento, pagar melhores salários e reter e atrair mão-de-obra qualificada. Simultaneamente, a trajetória de aumento de salários continuará, com recuperação integral do tempo de serviço dos professores e valorização salarial das suas carreiras. Também no domínio da saúde, o único caminho a seguir será o do reforço do investimento público, a valorização dos profissionais e infraestruturas de saúde, conjugada com a integração da medicina dentária no SNS e investimento na saúde mental. Continuaremos a encarar seriamente o drama da dificuldade de acesso à habitação, pelo que daremos continuidade ao significativo aumento do parque público de habitação e procuraremos garantir que as atualizações de rendas não estão desligadas dos valores dos salários e que mais gastos com arrendamento possam ser dedutíveis. Na energia, aumentaremos a margem para isenção de IVA, enquanto reforçamos a incorporação renovável e a ambição das metas de neutralidade carbónica. Reforçaremos a sustentabilidade do sistema de pensões com a diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social e os rendimentos dos filhos deixarão de pesar nos apoios concedidos aos mais idosos. Em relação à fiscalidade, procuraremos que a cobrança de IVA se torne mais justa, permitindo devoluções do IVA das suas despesas para aqueles que, mesmo trabalhando arduamente todos os dias, continuam a receber salários demasiado baixos para deduzirem esses valores no IRS. Paralelamente a tudo isto, não descuraremos a saúde das contas públicas e não nos desviaremos da trajetória de redução da dívida.
É com este programa, com o capital de experiência governativa acumulado e com a relação de confiança estabelecida com os portugueses que o PS se apresenta a eleições. Orgulhosos do que foi feito e conscientes do que ainda há por fazer, pedimos, na Beira Baixa como no País, que possam continuar a confiar em nós de dia 10 de março em diante, com a garantia de que só o PS poderá fazer melhor que o PS.

 

COMENTÁRIOS

JMarques
Mês passado
Este relambório virado ao contrário, com antónimos, ficava certo, vejamos apenas dois exemplos:
SAÚDE: "cuidados de saúde de qualidade para todos", realidade 1 700.000 cidadão sem médico de família, entre os quais me incluo-o e diversas urgências fechadas por todo o país.
PORTUGAL interior: "Olhamos para Portugal como um país inteiro (cartilha), em que nenhuma região ou cidadão é esquecido, marginalizado ou abandonado", sabendo que o Interior de Portugal está abandonado, esquecido e despovoado por falta de investimento e de condições para viver.
Há quem não consiga ver para além do sectarismo do cartão partidário, mas em meu entender, este não é o espaço apropriado para fazer propaganda partidária.