Organização de defesa da albufeira acompanha autarquia albicastrense nas dúvidas. Foto arquivo Reconquista
A Plataforma de Defesa da Albufeira de Santa Águeda-Marateca manifesta apoio ao atual executivo da Câmara Municipal de Castelo Branco, que defende que o regadio a sul da Gardunha não deve estar dependente apenas desta albufeira.
Na origem desta posição está a notícia publicada na primeira página do Reconquista de 9 de fevereiro, em que o Ministério da Agricultura excluía do projeto a construção da barragem do Barbaído como complemento à albufeira de Santa Águeda, contrariando a posição defendida pelo presidente Leopoldo Rodrigues.
A plataforma argumenta que a rega de uma área agrícola de 2000 hectares nos concelhos de Castelo Branco e do Fundão vai aumentar o consumo anual de 19 por cento para 42,4 por cento da capacidade máxima da albufeira e de 24 por cento para 53 por cento do escoamento hídrico médio anual (corrigido da evaporação na própria albufeira) “o que, em anos de seca cada vez mais gravosos, poderá pôr em causa esta captação essencial para o fornecimento de água potável a 65 000 habitantes da Beira Baixa”.
“Assim e em aditamento a algumas posições públicas de especialistas na matéria, que já realçaram os impactos ambientais negativos e o previsível aumento dos custos de tratamento da água da albufeira, subscrevemos a posição do atual executivo”, conclui a plataforma.
Autarca opõe-se ao regadio do sul da Gardunha e quer Assembleia Municipal extraordinária para debater a questão.
Gabinete da ministra da Agricultura diz que não está prevista uma nova barragem como pretende a Câmara Municipal de Castelo Branco, que não abre mão do objetivo.