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Retratos: Chuva

JC - 16/09/2021 - 10:34

- “Foi uma chuvada dos diabos”. Foi assim que Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, se referiu ao temporal que na passada segunda-feira assolou o Burgo e que além de inundações provocou estragos nalgumas estruturas da Villa. -“A força da mãe natureza é assim, mais forte que tudo!”, acrescentou, na habitual conversa com os membros da BR, desta vez realizada do lado de dentro do café”.
- “E quando a mãe natureza se chateia não há força que a vença”, disse Godofredo, secretário geral da BR.
- “Agora vão ter que se encontrar culpados. Sim, porque há sempre culpados e todos nós, enquanto seres humanos, temos sempre que os encontrar e lhes apontar o dedo. A chuva e o vento foram fortes, em cinco minutos choveu mais do que alguma vez se pensou, mas… não limparam as sarjetas; construíram mal edifícios; o telhado da minha casa que nunca tinha deixado entrar água e que foi restaurado há oito anos, afinal foi mal arranjado pois a dita entrou-me na cozinha…”, realçou Evaristo, presidente do Conselho Fiscal da BR.
- “O que é certo é que a água era tanta que levou tudo à frente. Até os caixotes do lixo navegaram nas águas da chuva. Vejam lá que ninguém se lembrou de prender os ditos ao chão”, adiantou Godofredo.
- “E ainda assim no Burgo há redes separativas de água, ou seja a que cai do céu não vai para os esgotos como no passado. Se assim não fosse, seria o descalabro”, referiu Jeremias.
- “Isto para já não falar das árvores que caíram. Onde é que já se viu plantarem árvores que não aguentam com umas chuvas. É mesmo falta de prever o futuro”, ironizou Godofredo.
- “Pois é… isso e ninguém ter ido ler os relatórios meteorológicos para se avaliar o que aconteceu…”, adiantou Evaristo, para quem situações destas vão repertir-se no futuro. 
- “Mas agora pára tudo, que a campanha eleitoral está aí e a água que caiu ainda vai servir de arma de arremesso para, de forma populista, se captaram alguns votos”, concluiu Jeremias.

JC

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