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Retratos: Abril

JC - 04/04/2024 - 9:27

Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, acaba de divulgar o programa da coletividade a que preside de forma democrática e vitalícia – cumprindo os estatutos pelos quais foi eleito – para comemorar os 50 anos de liberdade da Nação Lusitana. 
- “Queremos que este seja um momento único, que possa homenagear aqueles que andaram no Ultra Tramado a lutar pela pátria numa guerra que deixou marcas a várias gerações. Mas também pretendemos que seja reconhecido o papel que todos aqueles que foram obrigados a voltar da Mãe África tiveram no desenvolvimento do nosso território”, disse o líder da BR, no café das segundas-feiras de manhã com os seus colegas reumáticos.
- “E também queremos que seja realçado a coragem daqueles que, sem medo escreveram, notícias com rigor, mas censuradas pelo regime opressivo e ditatorial”, reforçou Godofredo, secretário-geral da BR.
- “Mas acima de tudo devemos mostrar às gerações mais novas que a nossa, não apenas àquela que está na escola e na universidade, mas também à que se encontra no mercado de trabalho, o que é a liberdade. É importante que todos saibam o que era viver na nossa Nação antes do 25 de Abril, do que era a ditadura, do que eram as mordaças, as detenções políticas, as bufarias ou a repressão. Do que era o controlo da informação, do que era passar fome…”, acrescentou Evaristo, presidente do Conselho Fiscal da Brigada.
- “É nesse sentido que iremos promover uma exposição e um documentário sobre o passado e os perigos que o mundo atravessa, fruto dos regimes autocráticos de ditadores, mas também de correntes contestatárias à liberdade e aos valores democráticos”, esclareceu Jeremias, preocupado com a ideia que começa a crescer nalguns setores lusitanos, que no passado é que era bom e, mais grave do que isso, com a ideia de que o serviço militar deve voltar a ser obrigatório.
- “O regresso do serviço militar obrigatório é algo que não faz sentido. Já basta o futuro que muitos jovens viram adiado num passado não muito longe. Para além de que é inconstitucional”, afiançou Godofredo, que como os seus camaradas de café, lutaram pela pátria.
- “Dizem que é por causa de haver soldados a menos e patentes a mais”, tentou explicar Evaristo.
- “Mas os jovens olham para o mundo de maneira diferente e temem que a ideia possa vir de fora, fruto das guerras em curso”, adiantou jeremias.
- “E é por isso que Abril continua a ser importante, para que todos possam ter a sua opinião. Mas acima de tudo para que cada um pense, de forma livre, pela sua cabeça… o que infelizmente nem sempre acontece…”, concluiu Jeremias.
JC

 

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