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Retratos: Portas

JC - 21/10/2021 - 9:50

Professor tomou posse como presidente do Burgo, numa cerimónia que encheu o Teatro Cine da Villa. –“Foi um momento importante, em que o povo marcou presença”, disse Jeremias, presidente da Brigada do Reumático.
-“Agora há que trabalhar em prol dos burguenses”, aludiu Godofredo, secretário geral da BR, para quem a primeira prioridade é encontrar as pastas e os dossiês em trânsito no Condado.
-“Como assim?”, questionou Evaristo, presidente do Conselho Fiscal da BR.
-“Então, segundo rezam os próprios não houve passagem de testemunho do presidente cessante do Burgo para o eleito. O que terminou o mandato disse que sempre teve a porta a aberta e que por isso o que iria tomar posse poderia aparecer quando quisesse. O novo autarca, por seu turno, disse que aguardou o convite do cessante para reunir e receber os respetivos dossiês e assuntos do Burgo”, explicou Godofredo.
-“Na Terra do Tio Sam até ao Abana passou as pastas ao Tromp e este, a custo, muito a custo, passou os assuntos ao Avô que lhe vencera as eleições. E na Kapital lusitana, Notas recebeu os dossiês de Nando...”, recordou Jeremias.
-“Mas no Burgo a porta estava aberta. Nem era preciso bater”, disse Evaristo, ainda incrédulo com o assunto que veio à baila no Jornalão da Terra.
A questão da porta aberta ou fechada ocupou grande parte da conversa da manhã de segunda-feira dos membros da Brigada do Reumático, numa esplanada das Dokas.
-“Pelo que me informei, tudo não passou de uma inovação do protocolo de passagem de testemunho de última hora”, justificou Jeremias.
-“Deve ser isso mesmo! O presidente cessante abre a porta e o novo só tem que entrar. De facto, mais simples que isto é impossível. Assim evitam-se telefonemas, cartas e mensagens. Não sei como é que há quem não perceba...”, concluiu Godofredo que aguarda com expetativa o desenrolar dos próximos capítulos.

JC

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