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Retratos: Rua

JC - 07/04/2022 - 9:35

Jeremias, presidente da Brigada do Reumático, ainda se lembra de em criança entrar no velho portão e seguir rua acima numa espécie de descoberta proibida. - “Era o espaço de serventia das casas”, diz para Godofredo, secretário-geral da BR, após ter tido conhecimento que a rua com entrada no dito portão vai ser aberta ao público.
- “O que eu me lembro é das carroças a entrar e a sair”, recordou Godofredo que, ao contrário de Jeremias, nunca teve oportunidade de espreitar pela dita artéria da zona histórica do Burgo, onde outrora as invasões gaulesas fizeram estragos e mortos. 
- “Se calhar ainda se lá encontram alguns vestígios da presença do general Maneta que destruiu tudo por onde passava, sem dó nem piedade”, contrapôs Evaristo, presidente do Conselho Fiscal, apaixonado por história e estórias.
- “Daí aquela expressão do «vai pró maneta»”, retorquiu Jeremias, entusiasmado com a abertura da dita rua por parte do Condado.
- “Agora percebo... Significa que o dito general ainda continua a incomodar muito boa gente”, disse Godofredo.
- “Claro! Quando se manda alguém «pró maneta» estamos a recordar o dito pilhador de vidas e objetos”, respondeu Jeremias.
- “Pois estamos... E agora com as redes sociais essa expressão é substituída por outras ainda menos simpáticas, mas com o mesmo objetivo. É assim sempre que não se concorda com o governo, com o presidente da Nação ou do Condado, com o jogador que falhou o penalti ou com o árbitro que não o assinalou...”, acrescentou Evaristo.
- “O que a história de uma rua provoca...”, concluiu Godofredo convicto que o dito general nunca pensou que o seu nome pudesse andar nas redes sociais do mundo também por aquilo que fez na dita artéria do Burgo...

JC

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